Nas cidades onde ocorrerá o segundo turno estarão na disputa somente candidatos ligados à base de sustentação do governo Lula ou candidatos da oposição burguesa. Por trás das disputas e da troca de acusações, todos defendem o mesmo projeto e governarão para os ricos. Frente à crise econômica que está por vir, todos atacarão ainda mais os direitos dos trabalhadores e do povo pobre.

Por isso, não concordamos com a política de apoiar os ditos “candidatos menos piores” ou escolher o “mal menor”, pois essa postura, muito comum na esquerda reformista, principalmente no PT e no PCdoB, só ajuda a criar mais ilusões entre os trabalhadores e nos enfraquece frente às respostas que teremos que dar aos novos ataques que virão, ganhe um ou outro candidato.

Chamamos o PSOL, partido com quem realizamos a Frente de Esquerda em 2006 em torno da candidatura de Heloísa Helena à Presidência da República, e com quem estivemos coligados em muitas cidades no primeiro turno das eleições municipais, para que junto com o PSTU realize uma ampla campanha nacional pelo voto nulo neste segundo turno. Também é preciso alertar os trabalhadores e o povo pobre sobre os efeitos da crise econômica, e que comecemos a preparar desde já a luta contra os ataques aos trabalhadores.

Em vez de apoiar alternativas burguesas nas eleições, temos que investir na luta. Um bom exemplo é priorizarmos a construção da jornada de mobilizações do dia 16 de outubro, promovida pela Conlutas e outras entidades do Brasil, junto com as entidades latino-americanas e caribenhas que são integrantes do Elac.

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