No dia 8 de setembro os metalúrgicos da Bahia deflagraram greve por aumento salarial, plano de cargo e salário e redução da jornada de trabalho. Após nove tentativas de negociação da Fetim-Bahia (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas da Bahia) com o sindicato patronal e a tentativa de mediação da negociação pela Delegacia Regional do Trabalho, a patronal não cedeu às reivindicações dos trabalhadores. Enquanto os metalúrgicos exigem aumento real de salário, os patrões oferecem apenas 7% de reajuste.

Diante do impasse, os operários uniram forças e deflagraram a greve. No primeiro dia de paralisação, 30 empresas em Salvador e Região Metropolitana tiveram suas produções interrompidas. No complexo Ford, em Camaçari, onde atuam 27 empresas parceiras e cerca de 10 mil trabalhadores, o movimento começou ainda na madrugada, durante a chegada dos funcionários do primeiro turno. Duas empresas de autopeças, fornecedoras da Ford, também tiveram as atividades interrompidas: a IMBE e a ThyssenKrupp.

Infelizmente, o sindicato, dirigido pela CTB, quer impulsionar a luta apenas por reajuste e diz, em alto e bom som, que o plano de cargo e salário deve ficar para uma próxima greve. Mas esse não é o clima do chão da fábrica. Os trabalhadores estão com disposição de lutar até a vitória por 18,61% de aumento, redução da jornada e plano de cargos e salários. O MOM (Movimento de Oposição Metalúrgica – filiado à CSP- Conlutas) defende essas bandeiras.

Os metalúrgicos na Bahia chegaram ao seu limite. Enquanto a Ford, por exemplo, faturou, só no primeiro semestre desse ano, mais de R$ 5 bilhões, resta aos operários jornadas exaustivas, lesões ocupacionais e um dos piores salários de montadoras do Brasil. “A hora é agora”, defende José Wellington dos Santos, o Índio, operário da Ford e candidato pelo PSTU a deputado estadual.

Segundo dia de greve
Já no segundo dia de greve, cerca de 15 mil trabalhadores em Camaçari aderiram ao movimento. Infelizmente, a assembleia convocada para este dia não aconteceu pois, quando os trabalhadores chegaram para decidir o rumo do movimento, o sindicato mandou-os irem pra casa e só voltarem na outra semana.

Desde o íncio da campanha salarial, o PSTU esteve ao lado dos operários. O PSTU apoia essa luta e tem colocado todos os seus esforços na construção da greve dos metalúrgicos da Bahia!! O candidato ao governo da Bahia pelo PSTU, Professor Carlos, esteve presente nas mobilizações dos metalúrgicos levando a solidariedade das candidaturas classistas e socialistas do PSTU.

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