Os técnico-administrativos da UFPR em greve, assim como os das demais universidades, dão um exemplo para todos os trabalhadores que veem seus direitos ameaçados, que sofrem perdas salariais e que se sentem indignados. Vimos recentemente, bombeiros no Rio em greve radicalizada reivindicando aumento salarial. Em Curitiba, trabalhadores da Volks estiveram em greve por mais de uma mês e conquistaram uma vitória histórica e os trabalhadores da Bosch seguiram o exemplo.

O governo Dilma se nega a atender as reivindicações dos servidores em greve porque, ao contrário do que muitos trabalhadores gostariam, o governo segue a política econômica do governo Lula, voltada para os bancos, especuladores, multinacionais, latifundiários e ao agronegócio e não aos trabalhadores.

Neste ano o governo de Dilma cortou R$ 50 bi do orçamento da União e a Educação já precarizada perdeu R$ 3 bi de seu orçamento. A portaria de 28/03/2011 proibindo a realização de novos concursos públicos e suspendendo a nomeação dos já aprovados só institui o que Lula anunciou com o PAC. O Brasil, apesar de ser a sétima economia do mundo, ocupa a 88ª posição entre 127 países num ranking da Unicef sobre Educação.

Com a crise econômica mundial, a situação tende a piorar para os trabalhadores. Na Grécia e na Itália planos de cortes gastos públicos, arrocho salarial e privatizações foram aprovados para salvar bancos e empresas.

Por isso para os trabalhadores só resta a unidade e intensificação das lutas. Diversas entidades do setor público federal, por exemplo, o Sinasefe (dos docentes e funcionários das Escolas Técnicas Federais de Ensino) já deliberou pela greve por tempo indeterminado à partir de 1º. de agosto; o ASSIBGE-SN, (dos trabalhadores do IBGE), deliberou em plenária nacional preparar o movimento grevista para o início de agosto. O ANDES-SN segue mobilizando os docentes das universidades federais com perspectiva de greve para o mesmo período. Trabalhadores dos Correios apontam greve para setembro e no início deste semestre começam várias campanhas salariais. É preciso fortalecer a greve dos servidores das federais e unificar com as lutas que estão por vir.

O PSTU é um partido que luta com os trabalhadores contra os ataques do governo e por isso:

  • Apoiamos a luta dos servidores em greve, assim como, exigimos que o governo Dilma negocie e atenda as reivindicações dos trabalhadores!
  • Somos contra a política econômica de arrocho salarial do governo! Exigimos de Dilma um plano econômico a serviço dos trabalhadores!

    Curitiba, 22 de julho de 20111