Coligação foi homologada em Convenção do partido
Imagem: Reprodução do Facebook

Foi anunciado, nesta segunda feira, que o PSOL indicará o candidato a vice – governador na chapa de Camilo Capiberibe, candidato à reeleição pelo PSB do Amapá. Desta chapa, participa também o PT que tem o candidato ao senado.

Que a direita tradicional, representada pelo PSDB, DEM, PMDB, PP, DEM e etc, promovam os seus “bacanais” eleitorais (para usar um termo que está na moda) entende-se. Para eles, só o que interessa é eleger seu candidato. Não muito diferente, o PT há muitos anos escolheu aliar-se aos banqueiros e grandes empresários para chegar ao governo e para governar.

Resultado é que o PT tem governado para as grandes empresas e não para os trabalhadores. Ao abandonar a independência de classe, este partido acabou virando as costas para os interesses dos trabalhadores. Não é sem razão que figuras como Sarney, Michel Temer, Collor de Mello, Maluf e outras do mesmo ‘naipe’ façam parte do governo petista.

O PSB de Eduardo Campos e Marina, apesar do discurso diferente que tentam fazer, representam os mesmos interesses de classe da burguesia e das oligarquias que sempre governaram o Brasil. Estavam no governo petista até pouco tempo e não é a toa que este partido está coligado com o PSDB em São Paulo e com o PT no Rio. É emblemático como são todos farinha do mesmo saco.

O anúncio feito pelo PSOL do Amapá coloca o partido no mesmo jogo do vale tudo para ganhar eleições, eleger deputados e senadores. E a primeira coisa que vai “para o vinagre” é a independência de classe. É isso que significa a aliança com o PSB e com o PT. Este fato vem reforçar a percepção de que este partido adota cada vez mais um caminho contraditório com a luta pela transformação socialista do nosso país que diz defender. Lamentável.

Nós, do PSTU, não somos a favor do “vale tudo” nas eleições. Nem acreditamos que se pode lutar contra o capitalismo em alianças com setores do empresariado, mesmo que eles se autodenominem de “socialistas” como é o caso do PSB. Aliás, também foi com o PSB, vice de Lula em 89, que o PT primeiro se coligou quando avançou em sua aproximação com o grande empresariado do país. Dizer aos trabalhadores que se pode obter qualquer avanço no sentido de seus interesses com uma aliança como essa é mentir para o povo, como mente hoje o PT e o PCdoB (que também faz parte da aliança no Amapá).

Somente com um governo da classe trabalhadora, que rompa com os banqueiros e grandes empresários, poderemos transformar nosso país e acabar com toda forma de exploração e opressão. Só assim será garantido uma vida digna para a maioria da população. É por isso que não fazemos coligações com partidos burgueses e também não aceitamos nenhum tostão de empresas e empresários nas nossas campanhas. O nosso único compromisso é com a luta da classe trabalhadora!

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