Fundado em 1988, o PSDB, partido de Serra, chegou ao poder rapidamente. Fortaleceu-se com o Plano Real, quando FHC era ministro da Fazenda do então presidente Itamar Franco. O povo, iludido com o Real, elegeu FHC em 1994. Veja alguns pontos da atuação tucana:

1 – Privatizações: Foram privatizadas 82 empresas estatais. Todo o processo foi, na verdade, uma grande negociata, em que as empresas estrangeiras compraram as estatais, sem pagar praticamente nada, ganhando financiamentos dos bancos do governo. O jornalista Aloysio Biondi demonstrou que foram arrecadados R$ 85,2 bilhões com a venda das estatais e gastos R$ 87,6 bilhões. Ou seja, o governo PSDB-PFL entregou as estatais e ainda pagamos R$ 2,4 bilhões às empresas estrangeiras.

2 – Corrupção: O governo FHC comprou votos de deputados para votar pelo projeto de reeleição. Além disso, FHC tentou se isentar dos casos de corrupção, como se não soubesse dos escândalos da Sivam, Sudam, Proer, desvio de verbas para as ilhas Caymann. Cara-de-pau!

3 – Proer: O Programa de Estímulo à Reestruturação ao Sistema Financeiro Nacional, promovido por FHC, roubou dos cofres públicos nada menos do que R$ 111,3 bilhões. Entre os beneficiados estavam os banqueiros do Nacional e do Econômico, envolvidos em corrupção.

4 – Dívida externa e interna: FHC pagou US$ 348 bilhões aos banqueiros internacionais. Mas a dívida aumentou de US$ 148 bilhões, no início da era FHC, para US$ 229 bilhões, no final. A dívida interna, em janeiro de 1995, somava R$ 153,4 bilhões. A política governista de juros altos elevou seu valor para R$ 750 bilhões ao final do governo.

5 – Desemprego e flexibilização de direitos: No governo FHC, o desemprego aumentou em dez regiões metropolitanas. No segundo semestre de 1994, os desempregados eram 824 mil. No primeiro semestre de 2001, já era 1,253 milhão. Mudanças na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) institucionalizaram empresas terceirizadas e trabalhos temporários.

6 – Massacres dos sem-terra: O escandaloso assassinato de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA), em 1996, foi sob o governo de Almir Gabriel (PSDB). No governo do PSBD, os sem-terra sofreram um dos períodos de maior violência.

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