Diante dos escândalos de corrupção, a oposição burguesa (PSDB e PFL) fez marolas tentando tirar vantagem eleitoral. Antes da crise, o PT se mantinha como favorito na disputa municipal deste ano. Os dirigentes petistas falavam em ganhar até 400 prefeituras. Todo esse otimismo ruiu, como indica, por exemplo, a queda de Marta Suplicy na disputa de São Paulo.

O que a oposição burguesa não esperava era que a crise pudesse assumir tamanha dimensão. Sentindo a fragilidade do governo, e temendo uma crise de governabilidade, logo se preocupou em não desestabilizar a política econômica, como prova a defesa do ministro da economia, Antonio Palocci, feita pelo senador Tasso Jereissati (PSDB). Reuniram-se com o ex-presidente FHC e chegaram a conclusão que a oposição deve ser exercida sem tentar desestabilizar o governo. Nas palavras de José Serra “as regras do jogo democrático são sólidas. Não há atores no processo político dispostos a promover abalos institucionais”.

A preocupação em manter a governabilidade também se justifica pelo apoio às reformas neoliberais do governo Lula.

É de uma hipocrisia absurda a dita “oposição” do PSDB e do PFL. Nos oito anos em que dirigiram o país, aplicaram a mesma política econômica atrelada ao FMI, impondo privatizações e reformas. O que Lula faz é dar continuidade a política dos governos Collor e FHC.

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