O sentimento de comoção e indignação contra a barbárie promovida pela PM de Alckmin contra o Pinheirinho tomou conta do país. Desde o dia 22 de janeiro já ocorreram mais de vinte atos públicos em todo o país, passando pelas principais capitais, e em praticamente todas as regiões. Algumas manifestações reuniram centenas de pessoas. No último dia 3, no Rio de Janeiro, um ato-show em defesa dos moradores do Pinheirinho reuniu nada menos que 500 no Largo da Carioca.
No estado de São Paulo, o gabinete de Alckmin chegou a montar um gabinete especial para monitorar protestos nas redes sociais e impedir que o governador sofresse constrangimentos durante eventos públicos.

Outras iniciativas levam o caso às instâncias internacionais. O jurista Fábio Konder Comparato organiza uma petição de juristas para denunciar o caso à OEA. Já a relatora da ONU para questões de moradia, Raquel Rolnik, levou o caso à Secretaria de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Atos internacionais
O repúdio à desocupação ultrapassou fronteiras e provocou protestos em vários países. Organizado por partidos de esquerda, sindicatos ou simplesmente espontâneos, os atos cobraram dos representantes do Brasil uma posição diante do massacre.
Na Alemanha, um grupo de 40 pessoas protestou em frente à embaixada do Brasil em Berlim. Na Espanha houve protesto na embaixada e uma delegação da Corriente Roja entregou uma nota ao embaixador. Em Portugal, sindicalistas portugueses e estudantes brasileiros se manifestaram no consulado brasileiro.

Na América Latina também ocorreram manifestações. Na Argentina, 35 pessoas protestaram em frente à embaixada em Buenos Aires. Uma comissão foi recebida pela embaixada e entregou uma nota contra o despejo. Já na Costa Rica houve protesto em frente à embaixada na capital San José. Um manifesto reúne assinaturas de dirigentes sindicais de todo o país contra a reintegração. No Chile também ocorreu ato em defesa do Pinheirinho.