Os movimentos sociais, partidos políticos e entidades participantes do Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino Rio de Janeiro e Niterói convocam todos os internacionalistas, ativistas dos direitos humanos, militantes e população em geral para manifestação em frente à Petrobras no dia 13 de novembro, às 9h. O protesto é contra a presença de Shimon Peres, presidente de Israel, no Brasil.

Esse criminoso de guerra está enchendo o bolso da burguesia internacional armamentista, vendendo armas modernas, aviões militares não-tripulados produzidos por essa fábrica de armamentos e de morte que se chama Israel. Vem, também, de olho em nossas riquezas do pré-sal, do petróleo. Na sua comitiva, há 40 empresários israelitas. Lamentavelmente, o governo brasileiro, ignorando as campanhas de boicote contra o estado fascista e sionista e ignorando o relatório da ONU sobre os crimes de guerra praticados contra os palestinos, assinou nesta quarta-feira, 11, acordos nas áreas de turismo, cinema e cooperação técnica, além do tratado de extradição. Uma vergonha!

Sabemos que o objetivo dessas armas tem um destino fixado e não é nenhum país inimigo. O inimigo é o nosso povo, o povo excluído, o povo pobre, as resistências populares, enfim, o combate, como disse o ministro Jobin ao criminoso de guerra, não será contra uniformizados, contra outro exército.

O governo federal, o governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes estão recebendo o assassino com honras de aliados. Lula assinou o perigoso acordo de extradição, que pode significar que mandaremos palestinos para as terroristas prisões israelitas. E o governador e o prefeito buscam tornar mais eficientes e bem armadas suas polícias, exatamente como o terrorista exército sionista. Obviamente, para matar nossa população dos guetos e favelas, como fazem em Gaza.

Shimon Peres, presidente de Israel, está a serviço de um estado com sangue nas mãos, que realiza uma ocupação ilegal e criminosa dos territórios da Palestina, que mata, prende, tortura, rouba órgãos humanos e humilha; que aprisiona todo o povo palestino com um grau de crueldade sem precedente na história. Israel está asfixiando três milhões de pessoas na Palestina ocupada, impondo, todos os dias, um crescente desespero.

Peres mantém a tradição de todos os governos israelitas: um comportamento nazistas contra os palestinos. Está sitiando 1,5 milhões de pessoas em Gaza, impondo a morte lenta pela fome, pela falta de atendimento médico e de infra-estrutura, criando, na prática, um campo de concentração. O que faz jus a seu passado: ajudou a África do Sul do Apartheid a adquirir armas quando estava sob embargo internacional.

O atual chefe do Estado de Israel esteve presente e atuou para aumentar a cota de sofrimento dos palestinos, desde a Nakba (“Catástrofe”) em 1948, passando pela ocupação em 1967 e o sítio de 2002 e esteve à frente da implantação do primeiro assentamento judaico, Kedumim, em 1970, no coração da Cisjordânia ocupada. Ele comandou também a Operação Punhos de Ferro (1983-7) que exterminou (após prender e torturar) milhares de paupérrimos aldeões libaneses e palestinos.

Como todos os criminosos e assassinos em massa, Peres tenta encobrir seus crimes, utilizando uma retórica mentirosa e cínica em “favor da paz”. Mas este “ilustre”, laureado com o prêmio Nobel da Paz de 1994, tem uma imensa folha corrida, recheada de crimes que inclui o seu papel na formação da Haganah, milícias que praticaram atos terroristas, com assassinatos em massa, para forçar os palestinos a deixarem suas casas em 1947/48. Só a degeneração moral, que tomou conta da classe dominante do mundo, explica tal premiação.

Este porta-voz de Israel está sendo recebido pelos dignatários brasileiros e pelos empresários paulistas na semana em que o mundo novamente se levanta contra o Muro do Apartheid. Na programação da visita, encontros com o ministro da Defesa, Nelson Jobin, e com o presidente Lula. No Rio, o presidente israelense será recebido pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, pelo governador do Rio, Sérgio Cabral e pelo prefeito, Eduardo Paz. Em pauta, discussões sobre as relações comerciais Brasil-Israel, o Acordo de Livre Comércio Mercosul-Israel, armamentos, tecnologia da morte e, com certeza, o pré-sal e combustível barato para alimentar a incrível máquina israelense de fabricar cadáveres.

No seu staff, está o representante da empresa Elbit, desenvolvedora dos principais armamentos e tanques israelenses usados no massacre em Gaza e fornecedora de sistemas de segurança para o muro do Apartheid na Cisjordânia e para assentamentos ilegais. A participação da empresa Elbit em obras ilegais de Israel, como o muro da segregação, e o fornecimento de veículos aéreos não tripulados e outras tecnologias para os militares israelenses, levou o governo da Noruega a romper relações comerciais com essa empresa. Infelizmente, para o governo Lula, essas questões éticas são tão irrelevantes que o representante dessa empresa é recebido com todas as honras pelo Brasil.

Memórias de um genocídio
Shimon Peres é responsável pelo massacre de centenas de pessoas que tentavam se proteger no quartel-general das Nações Unidas, na aldeia de Qana, no sul do Líbano, em 1996. Um genocídio que horrorizou o mundo com as terríveis imagens de crianças decapitadas e civis cortados em pedaços.

  • Nenhuma negociação com o Estado fascista!
  • Não ao TLC! Fora Israel do Mercosul
  • Prisão para os criminosos de guerra israelitas!
  • Fora Shimon Peres! Fora Israel!