Manifestação no dia da final da Copa das Confederações também denunciou as remoções e a criminalização das lutas sociais

Uma manifestação contra a privatização do Maracanã e os gastos públicos com a Copa reuniu cerca de 5 mil pessoas nesse dia 30 no Rio de Janeiro, dia da final da Copa das Confederações. O protesto, convocado pelo Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, reivindicou a anulação da privatização do estádio, o fim das remoções e os despejos forçados, além de mais recursos para a saúde, educação e os transportes, incluindo o passe-livre. O ato contou com a participação de partidos de esquerda, como o PSTU, além de entidades e organizações do movimento sindical e popular.

A passeata partiu da Praça Saens Peña em direção ao Maracanã, passando pelas ruas São Francisco Xavier e Haddck. A polícia antecipou o bloqueio realizado nas proximidades do estádio e impediu que os manifestantes passassem. O centro da cidade e as redondezas do estádio amanheceram completamente sitiados pela polícia e soldados do Exército. Mesmo assim, porém, os organizadores da manifestação impediram qualquer provocação por parte da polícia e não houve confrontos.

No caminho, a população demonstrava apoio aos manifestantes, com palmas e chuvas de papel picado. Uma enorme faixa, carregada pelos manifestantes e pendurada no alto de um prédio dizia "Unfair Players: Fifa, Police, Cabral, Paes" (em português "Jogo sujo: Fifa, Polícia, Cabral, Paes). A manifestação terminou na Praça Afonso Pena, Zona Norte da cidade.

Após a vitória contra os aumentos das passagens continuamos nas ruas por saúde, transporte e educação", afirmou Júlio Anselmo, da juventude do PSTU. "Os pactos, Dilma, não vão resolver os nossos problemas, nós temos que continuar nas ruas mobilizados na defesa da educação e da saúde pública, contra a privatização do Maracanã e em defesa do petróleo brasileiro, para conquistarmos um país melhor", disse, se dirigindo à presidente.

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Vídeo: Júlio Anselmo, da Juventude do PSTU, no ato

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