Por volta das 11h30 da manhã desta sexta-feira, 13 de julho, teve início o Ato Nacional de Luta, simultâneo à abertura oficial dos jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Mais de mil pessoas assistiram a uma apresentação musical do Coletivo de Cultura do Movimento dos Trabalhadores rurais Sem-Terra (MST) que abriu a atividade do movimento em frente à prefeitura da cidade do Rio.

Logo após, Cyro Garcia, dirigente do PSTU, apresentou as reivindicações do movimento. “Este ato não é contra o Pan ou contra os atletas do Pan, mas contra as maracutaias do Pan, as obras superfaturadas”, disse Cyro. E completou: “é um ato em defesa do direito de greve e em apoio às greves que estão acontecendo. É também um ato internacionalista, pela retirada das tropas do Haiti.”

Cyro apontou o prefeito da cidade, que dias antes menosprezou o protesto em entrevistas à imprensa. “O prefeito que ama os ricos e odeia os pobres disse que aqui só teria 300 pessoas, os mesmos ‘passeateiros´ de sempre. Já na concentração [do ato] estamos provando que este ato vai muito além, é um ato com caráter nacional”, afirmou.

Foi lembrado, ainda, o massacre do Complexo do Alemão, que deixou pelo menos 19 mortos no último dia 26 de junho. “Enfrentamos uma política de segurança fascista do governador Sérgio Cabral, uma política de genocídio nas comunidades carentes, punindo pessoas cujo único crime é ser negro e pobre”, denunciou Cyro.

Também estava presente no ato Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, um dos coordenadores da Caravana ao Haiti. Ele falou ressaltando a importância da campanha de solidariedade internacional exigindo a retirada das tropas da ONU daquele país, comandadas pelo governo brasileiro.

Por volta das 14h, os manifestantes devem deixar a concentração e fazer uma passeata.