A Universidade de Brasília mais uma vez vive um momento de luta. Estudantes, funcionários técnico-administrativos e uma parcela dos professores se uniram para reivindicar o voto paritário na eleição para reitor. Hoje, estudantes e servidores possuem 15% dos votos cada segmento e os professores detêm a absurda parcela de 70%. Desde o começo do semestre, o abaixo-assinado exigindo do Conselho Universitário (Consuni) a participação paritária dos três segmentos, isso é 33,33% para cada, está tendo uma grande aceitação, com milhares de assinaturas.

Na tarde de sexta-feira, 8 de abril, o Consuni se reuniu para votar as regras da eleição. A discussão sobre a paridade não foi feita na grande maioria dos departamentos e institutos, mas, mesmo assim, de forma autoritária, a reitoria quis votar a proporção que mantém os 70% para os docentes. Diante desse cenário, os estudantes e técnicos radicalizaram e, aos gritos de “assim não vai, não vai dar não, sem discussão não vai haver votação” e um “apitaço”, exigiram que a sessão fosse encerrada e que a discussão fosse garantida em toda a universidade. Mesmo com toda arbitrariedade da reitoria, de tentar expulsar os manifestantes do auditório, estes continuaram ali até que a reunião foi suspensa.

O movimento estudantil e o dos servidores conseguiu uma grande vitória. Agora estes estarão nas salas de aula explicando e convocando todos a se incorporar e continuar a luta pela paridade e pela democracia na UnB, uma batalha que só pode ser vitoriosa nos marcos da luta contra a reforma Universitária de Lula e do FMI.