No dia da abertura dos Jogos Pan-Americanos foi realizado um protesto no Rio de Janeiro. O Ato Nacional de Luta reuniu mais de mil pessoas em frente à prefeitura da cidade.

O bancário Cyro Garcia, dirigente do PSTU, apresentou as reivindicações do movimento. “Este ato não é contra o Pan ou contra os atletas do Pan, mas contra as maracutaias do Pan, as obras superfaturadas”, disse. “É um ato em defesa do direito dos trabalhadores, contra as reformas, em apoio às greves que estão acontecendo“.

A retirada de direitos pelas reformas neoliberais do governo Lula foi duramente atacada. “A política econômica deste governo tem privilegiado os banqueiros e as reformas que retiram direitos. Temos o desafio de construir as lutas, pois só com luta unitária conseguiremos as transformações”, disse Lívia, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

O massacre do Complexo do Alemão, que deixou pelo menos 19 mortos no último dia 26 de junho, também foi lembrado. Por volta das 14 horas, os manifestantes deixaram a concentração e realizaram uma passeata em direção à Cinelândia.
Durante a caminhada, os ativistas gritavam palavras-de-ordem contra a retirada de direitos, a corrupção e a violência. “É ou não é piada de salão? Tem dinheiro para o Pan, mas não tem pra educação!”, entoavam.

Solidariedade do Haiti
Minutos antes da saída da passeata, Cyro Garcia abriu uma bandeira do Haiti em cima do carro de som. Neste momento, Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, um dos coordenadores da Caravana ao Haiti, leu uma carta enviada pelo grupo Batay Ouvriye, em que a organização repudia a ação policial nas favelas do Rio.

A presença de distintas organizações e entidades no protesto confirma a continuação da unidade que vem sendo construída para lutar contra os ataques do governo Lula aos trabalhadores. Segundo as falas dos militantes, este foi mais um importante passo de uma luta em curso. O movimento demonstrou disposição em continuar mobilizado até que sejam derrotados todos os ataques.
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