Na noite desta terça-feira, 20 de outubro, a direção da Caixa Econômica Federal apresentou uma nova proposta que prevê o pagamento de um abono salarial de R$ 700, a ser creditado até o dia 20 de janeiro de 2010, e a contratação de 5 mil empregados até dezembro de 2010.

Em relação aos dias de greve, a Caixa propõe a aplicação da mesma regra da Fenaban, que estabelece o não-desconto dos dias parados, mas com a ampliação do prazo de compensação até o dia 18 de dezembro de 2009.

Todas as demais propostas, incluindo a forma de pagamento da PLR, a implantação de novo PCF em dezembro, desde que aprovadas pelos órgãos controladores, são as mesmas já apresentadas.

Completando o vigésimo oitavo dia de greve, a Caixa tenta impor um abono para acabar com o movimento. Questões urgentes como a Isonomia de direitos de ATS com 1% e licença-prêmio para todos, regras claras sobre o PCF com jornada de seis horas sem rebaixamento de salário, reposição das perdas salariais e não-punição dos empregados com a anistia dos dias de greve nem foram tratados.

Em declarações dos membros do da Contraf-CUT nota-se um tom de que, repetindo o discurso da empresa, este é o limite das negociações, adiando inclusive a audiência de conciliação no TST desta quarta-feira.

Mas a greve segue forte em todo o país. Ao não ser julgada abusiva, o movimento se ampliou, embora algumas cidades do interior tenham voltado. Pressionado, o governo, através do DEST, recuou ao dizer que a Caixa poderia negociar. Por isso, temos condições de continuar forçando a direção da empresa a conceder nossas reivindicações por melhores salários e condições de saúde e trabalho.

As assembleias desta quarta serão decisivas. Os empregados em greve devem participar massivamente para impor sua vontade.