Professores de Manaus lutam contra Plano de Cargos
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Os professores da rede municipal de Manaus estão em processo de mobilização pela retirada do Plano de Cargos, enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Serafim Correa (PSB). O plano foi elaborado por uma equipe de Brasília com a conivência da diretoria do sindicato, vinculada ao PCdoB. Além de não ter sido discutido com a categoria, o Plano retira conquistas históricas, como a regência de classe, propõe, em vez de piso salarial, um subsídio rebaixado, exclui os funcionários que não fazem parte do magistério e restringe o direito de organização sindical.

Trata-se de um plano perfeitamente alinhado com os ditames neoliberais de sucateamento dos serviços públicos via terceirização, rebaixamento das condições de trabalho e salário.

Os professores, que já realizaram uma manifestação na Câmara Municipal no dia 29 de março e uma assembléia na Praça do Congresso, estão se organizando independente da diretoria do sindicato que, em vez de discutir com a categoria, está encastelada na Câmara Municipal pressionando pela aprovação do Plano. Um dos líderes do prefeito na Câmara que tem defendido o plano com toda ênfase é vereador pelo PCdoB e, até alguns meses atrás, era advogado do sindicato.

Na assembléia realizada ontem, os professores definiram intensificar a mobilização nas escolas e zonas e realizar mais um ato público em frente à prefeitura no dia 11 de abril. O movimento exige a imediata retirada do Plano e a abertura de ampla discussão com a categoria.

Os professores ligados à Conlutas, ao PSTU, ao PSOL e a outros agrupamentos regionais que estão à frente do movimento avaliam que a mobilização tende a ganhar força e, dependendo de como se desenvolver o processo, poderá chegar a uma greve para barrar mais esse ataque aos trabalhadores da educação.