Governo se nega a pagar o piso e ataca carreira dos servidoresSeguindo o exemplo das lutas dos trabalhadores em educação em todo o país, os professores da rede estadual do Ceará iniciaram sua greve na última sexta-feira, dia 05 de agosto. A direção do sindicato estadual que é cutista e da base de apoio do governador bem que adiou o início do movimento grevista alegando ter que esgotar todos os canais possíveis de negociação, mas mal iniciou agosto os professores cearenses colocaram o bloco na rua contra os ataques do governo do estado.

Cid Gomes, governador recém reeleito pelo PSB e com o apoio do PT, nunca aceitou bem a já limitada lei nacional do piso, entrando inclusive com uma ADIN no passado para impedir sua implantação. Agora, aproveitando as férias escolares do mês de julho, apresentou projeto de lei com o que chamou de “adequações à lei do piso”, entre elas:

  • Instituição da avaliação de desempenho, dividindo a categoria e culpando os professores pelo descaso da educação pública.
  • Fim das gratificações como a regência de sala.
  • Achatamento da carreira, destruindo a possibilidade de uma verdadeira ascensão profissional.
  • Ataque à aposentadoria das professoras, a maioria da categoria, ao obrigá-las a trabalhar mais 3 anos para poder se aposentar no fim da carreira.

    Exatamente por isso a maioria das escolas da capital e do interior parou já no primeiro dia de aula e a tendência é que tenhamos uma adesão muito maior na semana que inicia nesta segunda, 8 de agosto.

    Para marcar o início da greve foi feito um grande ato que reuniu mais de 3 mil pessoas, entre alunos e professores, no dia 5. Nesta segunda, haverá uma aula pública na Praça do Ferreira pela manhã e reuniões zonais pela tarde.

    Essa greve surge no momento em que trabalhadores de diversas categorias do país inteiro se preparam para uma jornada de lutas nacional, cuja uma das reivindicações é a aplicação imediata de 10% do PIB para educação. No dia 24, uma marcha toma conta de Brasília e, no dia seguinte, uma plenária prepara os próximos passos da luta pelos 10% do PIB.

    Por isso, além de uma carreira digna, os professores lutam por uma educação pública de qualidade e os militantes do PSTU que trabalham na educação estarão na linha de frente dessa luta.

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    Blog da professora Amanda Gurgel