Com a presença de mais de 1500 pessoas, a assembléia dos professores de São Paulo, realizada no ultimo dia 15, se transformou num grande ato contra a reforma da Previdência. Marcaram presença representante de outras categorias, como servidores municipais e da saúde, químicos, metalúrgicos, estudantes, docentes e servidores técnicos da USP e UNICAMP – que estão em greve -, e o deputado Baba (PT-PA).

A diretoria majoritária do sindicato dos professores de São Paulo (Apeoesp), formada pela Articulação Sindical e PC do B, tentou colocar o debate sobre a reforma da previdência do funcionalismo apenas no âmbito estadual, atacando o projeto do Governador Geraldo Alckmin (PSDB) aprovado recentemente na Assembléia Legislativa, e sem citar nada da PEC-40 do Governo Lula. A Oposição Alternativa e o PSTU denunciaram a aprovação da PEC-40 no Congresso Nacional e trouxeram a discussão sobre a greve do funcionalismo público federal e das universidades estaduais.

“Para defender os direitos dos trabalhadores, é necessário ir para a luta, ir para a rua, derrotar as medidas neoliberais do Banco Mundial e FMI, que os Governos Lula e Geraldo Alckmin estão implementando. Enquanto a APEOESP, que é o maior sindicato da América Latina não assumir uma postura de direção política, a categoria não virá nas assembléias, ficará nas escolas esperando um sindicato de luta”, disse Gegê, da executiva do sindicato e militante do PSTU.

Sobre o cartaz de denuncia com os nomes e fotos dos deputados federais que votaram a favor da PEC-40, a direção do sindicato foi contra publicar os parlamentares que se abstiveram, alegando que a categoria tinha aprovado o cartaz com os nomes de quem votou a favor e não tinha deliberado sobre as abstenções. A grande maioria dos professores presentes vaiou a proposta e votaram em publicar o material com todos os deputados que se abstiveram junto com quem votou a favor do projeto. “É preciso que denunciemos em cada escola os deputados do PT e do PC do B que votaram contra os trabalhadores”, afirmou Gegê.

A APEOESP irá realizar no dia 23 de setembro na Assembléia Legislativa de São Paulo, um ato contra os ataques que a categoria vem sofrendo do Governo Geraldo Alckmin.