Greve foi suspensa no dia 4, após acordo que impede descontos dos dias paradosOs professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram em assembléia realizada no ultimo dia 4 pela suspensão da greve. A suspensão é temporária, uma vez que a categoria se mantém em estado de greve. A decisão foi tomada após o acordo fechado entre o governo e os professores no Tribunal Regional do Trabalho. Pelo acordo, os dias parados não seriam descontados. No entanto, o governo José Serra (PSDB) já ameaça descumprir o acordo e adotar medidas punitivas contra os professores. No último dia 8, os professores receberam da Secretaria de Educação um plano de pagamento dos dias parados e de reposição de aulas que não lhes agradou. Pelo plano, os dias sem aula serão descontados os salários e pagos só após as reposições. Diante desta ofensiva do governo, o sindicato da categoria solicitará ao TRT que institua o dissídio coletivo, obrigando o governo a atender a pauta de reivindicações dos professores.

A principal reivindicação da greve decretada pela categoria no último dia 13 é a revogação do decreto 5307/08. O decreto estabelece uma avaliação de desempenho aos professores temporários, que seriam na prática demitidos e readmitidos só após a avaliação. Além disso, ele ainda dificulta a realização de concursos e impede a utilização do artigo 22, que permite aos professores transferirem-se a uma escola perto de sua casa. O decreto também impõe atribuição de aulas compulsoriamente. Os trabalhadores do ensino fizeram uma grande greve, reunindo 50 mil pessoas em uma assembléia, no dia 20 de junho.

Os próximos passos do movimento serão decididos na reunião de Conselho Sindical da Apeoesp, que será realizada no dia 24 de julho.