Uma assembléia que reuniu cerca de 50 mil professores da rede estadual paulista aprovou na tarde de 20 de junho a continuidade da greve por tempo indeterminado.
A principal reivindicação da greve decretada pela categoria no último dia 13 é a revogação do decreto 5307/08. O decreto estabelece uma avaliação de desempenho aos professores temporários, o que provocaria na prática uma demissão em massa. Além disso, dificulta a realização de concursos e impede a utilização do artigo 22, que permite aos professores transferirem-se a uma escola perto de sua casa.

Governo tenta esvaziar greve
No dia 19, o governo Serra tentou esvaziar a greve, divulgando um suposto reajuste de 12% para os professores. Abriu ainda a possibilidade de “discutir” o decreto, adiantando que ele não seria revogado. Na verdade o reajuste seria de apenas 5%, já que o restante viria da incorporação de uma gratificação que os docentes já possuem.
Os professores rejeitaram por unanimidade a proposta do governo Serra. Após a assembléia, milhares de professores saíram em passeata rumo à Praça da República, local onde outros setores da educação também realizavam um ato público.

“Só sairemos da greve com o atendimento de nossas reivindicações”, afirmou José Geraldo Correia, o Geraldinho, diretor da Apeoesp pela oposição. Além da revogação do decreto, os professores lutam por reajuste salarial, limite de 35 alunos por sala de aula e contra a limitação do governo de seis faltas médicas por ano aos professores.

Os professores aprovaram também a realização de assembléias regionais na próxima quinta-feira e uma nova assembléia estadual na sexta, no vão livre do Masp.
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