Amanda Gurgel se solidariza com professores baianos
Duda Carvalho

Nesse dia 7 de maio, a professora Amanda Gurgel esteve presente em Salvador para participar das atividades de greve dos trabalhadores em educação do estado da Bahia. Pela manhã, Amanda participou da assembleia da categoria que está em greve há quase um mês. Durante a assembleia, com aproximadamente 800 trabalhadores, Amanda declarou solidariedade de todos os professores de Natal-RN à greve e falou da importância de que, nesse momento, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convoque uma luta nacional do setor da educação. Em Natal os professores também se encontram em greve pelo pagamento do piso.

Durante a tarde, Amanda participou de uma atividade, convocada pelo núcleo de professores da CSP- Conlutas, na Assembleia Legislativa da Bahia, ocupada pelos grevistas há quase um mês. Estiveram presentes cerca de 100 professores. Na ocasião, Anderson, da Intersindical, destacou a diferença dessa greve para as outras mobilizações da categoria, pois, nesse momento, os professores lutam pela efetivação de duas leis já aprovadas (Lei do Piso e FUNDEB) e se enfrentam com um governo do PT. Nesse sentido, argumentou que os dados tem mostrado que o problema na Bahia não é a falta de verbas para aumentar o salário dos professores, mas sim a falta de prioridade do governo Wagner.

O professor Valdir dos Santos (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas – ASPROLF) também esteve presente na atividade e resgatou que há um mês os professores de Lauro de Freitas estavam em greve para exigir do governo de Moema Gramacho (PT) também o pagamento do piso nacional. Percebe-se assim, que o descaso dos governantes não se resume só ao governo no Estado, mas também as prefeituras que desvalorizam os professores e a educação de conjunto.

Amanda Gurgel iniciou sua fala parabenizando os professores pela greve radicalizada que realizam, e que a ocupação da assembleia legislativa mostra a disposição de luta da categoria, servindo de exemplo para outros estados. “Esta greve entrará para a história do movimento brasileiro”, afirma Gurgel.
A professora lembrou que os professores de Natal-RN, do Piauí, Sergipe, Amapá e Santa Catarina também estão em greve pelo pagamento do piso e o cumprimento da Lei. “A situação dos professores da Bahia é semelhante aos dos professores de todo o Brasil e, em todo o país, os professores respondem com lutas para resgatar a nossa dignidade e conquistar melhores condições de trabalho”, destacou.

Amanda reafirmou ainda a necessidade da luta conjunta pela garantia dos 10% do PIB para a educação pública Já como forma de melhorar as condições de trabalho e de remuneração da categoria. Amanda ainda abordou sobre a ausência da CNTE, que não tem sido responsável com a condução das mobilizações da categoria, e que deveria chamar mobilizações nacionais imediatamente para unificar as diversas lutas que estão ocorrendo Brasil a fora.

Após a fala de Amanda, ativistas da CSP-CONLUTAS, professores da UFBA, IFBA, e diversos professores em greve relataram a situação de descaso com a educação no país e sobre a necessidade de organizar a luta da categoria por uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Ao final da atividade, foi exibido um vídeo produzido no congresso da CSP-CONLUTA, no qual vários professores de diversos estados do país prestam solidariedade e mandam mensagens de apoio à luta dos professores do estado da Bahia.