Uma das lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) na região, Mara Lúcia Galvão, está presa no Centro de Ressocialização Feminina de São José dos Campos, desde a quinta-feira, 15. Um grupo da OAB, PSTU, CSP-Conlutas e Must esteve no centro de detenção nesta sexta-feira, dia 16, em visita à companheira.

Mara foi condenada a seis anos de prisão pela ocupação da Fazenda Santa Clara, em 2001, e foi levada no dia 8 de setembro para a Cadeia Pública de Caçapava, sendo transferida para São José dos Campos.

Ela é trabalhadora rural e militante pelo direito à terra e pela reforma agrária há vários anos na região. É moradora do Assentamento Nova Esperança I, área ocupada pelo MST e já desapropriada pelo governo. Sua condenação é resultado de sua atividade política junto com trabalhadores rurais.

“Mara é uma trabalhadora, mãe de duas crianças, que não cometeu de fato nenhum crime, a não ser lutar pelo direito constitucional à terra. É inadmissível que com tantos políticos corruptos soltos por aí, uma trabalhadora seja alvo de uma prisão política e injusta. Vamos empreender todos os esforços pela sua libertação”, afirma o presidente do PSTU Antonio Donizete Ferreira, o Toninho.