Banco do Brasil e CEF
Após amargar os anos de FHC, funcionários destas instituições tinham uma grande expectativa de que o governo Lula inverteria a lógica que determinou a administração privatizante. Mas o governo manteve os mesmos critérios, e o funcionalismo tem sido um alvo a ser atacado pelas direções das empresas, que sequer aceitam negociar na mesa única com a Febraban, onde se discute a reposição de 21,58%. Das perdas anteriores, que chegam a mais de 100%, não querem nem ouvir falar.

Os trabalhadores têm parado agências, centros administrativos e exigido da Confederação Nacional dos Bancários um plano de lutas em direção à greve nacional. Nossa luta deve ser construir a unidade da categoria para garantir os 21,58% e avançar nas questões específicas como as perdas passadas e a extensão de direitos aos novos.

BANCOS PRIVADOS
Os trabalhadores dos bancos privados estão lutando por uma reposição de 21,58%, num país em que os bancos aumentaram seus lucros em mais de 180%. Os banqueiros oferecem míseros 10%.

A categoria tem demonstrado uma grande disposição de luta nas paralisações por todo o país. Em assembléias por locais de trabalho os trabalhadores têm paralisado por duas horas e em muitos locais têm ido além da orientação da direção do sindicato e paralisado todo o dia. Mas, as paralisações parciais precisam ser concebidas como parte de um plano de lutas com o objetivo de organizar a uma greve nacional da categoria.

O fato é que chegamos ao fim de setembro, os banqueiros seguem enrolando e a direção não estabelece uma data limite para as negociações, que sirva de aviso aos banqueiros e coloque uma perspectiva de organização da greve para a categoria.

PROPOSTA DE CALENDÁRIO DE LUTA PARA OS BANCÁRIOS:

1- Intensificar a mobilização: que as paralisações sejam de um dia inteiro e sirvam para mobilizar a categoria.
2- Paralisação de 24 horas de toda a categoria dia 25.
3- Encontro Nacional dos Bancários aberto à participação de todos no dia 30/9
4- Dia 1º de outubro, como data indicativa para a Greve Nacional da categoria.

Post author Dirceu Travesso,
do PSTU e da Executiva da CUT-SP
Publication Date