Em todas as regiões, avança a preparação do Plebiscito pela reestatização da Vale do Rio Doce. A votação ocorre na semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro e, além da questão sobre a Vale, traz ainda perguntas sobre a dívida pública, o controle privado sobre a energia elétrica e a reforma da Previdência.

A Conlutas está na linha de frente da organização do plebiscito, fazendo campanha das quatro questões deliberadas pelo Comitê pela Anulação do Leilão da Vale. Nos estados, a preparação do plebiscito avança a todo vapor. Veja, abaixo, alguns exemplos.

Minas Gerais à frente da luta
Mais uma vez, o estado de Minas Gerais está na vanguarda da organização do plebiscito. No último dia 19, durante a Romaria das Águas e da Terra, que reuniu mais de 6 mil pessoas, foram distribuídos os kits para a realização do plebiscito. Cerca de 200 mil cédulas com as quatro perguntas e 300 mil boletins da Conlutas de Minas foram distribuídos, além de milhares de cartazes, listas e atas de votação.

Somente a Conlutas, nas suas bases organizadas, planeja coletar de 300 mil a 600 mil votos. Um planejamento em cada sindicato ou entidade filiada e em cada região está sendo feito. Comitês regionais que vão centralizar o plebiscito já estão organizados na Capital, no Triângulo Mineiro, Centro Oeste, Zona da Mata, Norte, Rio Doce, Sul de Minas, Região dos Inconfidentes, Vale do Aço e também em dezenas de cidades dos vários cantos do Estado.

Reuniões semanais dão à marcha da organização do plebiscito. À exceção da CUT e da UNE, todos os demais movimentos e organizações sociais importantes estão envolvidos (pastorais sociais, organizações da Via Campesina, Conlutas, etc.).

Plebiscito na Bahia
No estado baiano, o Comitê do plebiscito reúne uma série de entidades sindicais e dos movimentos sociais e populares, como a Conlutas, as pastorais sociais, o MST, e ativistas ligados ao hip hop. “Dia 16 de agosto ocorreu uma plenária da Conlutas para avançar na organização do plebiscito, que reuniu cerca de 50 pessoas”, conta Cecília Amaral, diretora da Assibge (Associação dos Trabalhadores do IBGE).

Já no dia 18 ocorreu durante todo o dia um curso de formação para a juventude, ministrado pela Conlutas, Pastorais, entre outras entidades. No estado, além das quatro questões definidas pelo Comitê nacional, haverá uma quinta pergunta sobre a transposição do Rio São Francisco. “As reuniões do Comitê estão ocorrendo todas as terças, às 18 horas na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos”, avisa Cecília.

*Colaborou Boaventura Mendes, da Conlutas de Minas Gerais.
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