A prefeitura de Campinas (SP) tem sido notícia pelos atuais escândalos de corrupção, envolvendo vários secretários, a esposa do prefeito Hélio (PDT) e também o vice-prefeito Demétrio (PT).

Através das investigações do Ministério Público Estadual foi desvendada uma verdadeira quadrilha que fraudava contratos da Empresa de Abastecimento de Água de Campinas.

O MP aponta que os contratos eram superfaturados e as licitações favoreciam empreiteiras. A principal suspeita é de que a esposa do prefeito fazia os contratos superfaturados com as empresas escolhidas por meio de licitações fraudulentas. Em troca todos recebiam propinas. Fala-se da cifra de R$ 615 milhões.

Das 20 pessoas indiciadas, 13 foram presas, incluindo o vice-prefeito Demétrio. A esposa do prefeito só não foi presa em razão de um habeas corpus. Todos já foram soltos e continuam respondendo o processo. Alguns ainda se encontram foragidos.
A partir dessas denúncias, a oposição de direita do PSDB entrou com um pedido de impeachment do prefeito na Câmara de Vereadores.

As denúncias e as prisões estouraram no momento em que funcionalismo municipal realizava sua greve. A palavra de ordem “Fora Hélio” foi incorporada pelos grevistas. A greve durou 19 dias, mas as reivindicações dos servidores só foram atendidas parcialmente, mostrando que além das corrupções o prefeito Hélio despreza as reivindicações dos servidores.

O PSTU não confia na Câmara e nem na oposição de direita. Eles querem apenas tirar proveito eleitoral da situação, mas o próprio governo do Estado, do PSDB, está metido também em corrupção, como no metrô. Por isso somente a mobilização dos trabalhadores e do povo de Campinas poderá derrubar Hélio e exigir a convocação de novas eleições.
Post author Silvia Ferraro, de Campinas (SP)
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