Categoria reivindica reajuste de 62% nos salários. Comando de Base é formado para garantir a mobilizaçãoA intransigência da Prefeitura de Natal leva novamente os professores da rede municipal de ensino à greve. Em uma demonstração de truculência, o prefeito apresentou, em audiência de conciliação com o poder judiciário, uma proposta irrisória: R$ 70 em abril e R$ 20 em outubro. Uma verdadeira esmola, uma provocação, que revela que os carrascos, o prefeito Carlos Eduardo e a Secretária Justina Iva, que têm apoio do PT e PCdoB, não têm disposição para negociar.

A categoria, por outro lado, mostrou que não está disposta a se render.
Embora tenha suspendido a greve de 37 dias, retoma o movimento grevista como no início, passando por cima de uma direção sindical que se ajoelha frente ao primeiro obstáculo.

Temos o entendimento que, para caminharmos mais à frente de nossa luta, é preciso superar essa direção que está à frente de nosso sindicato há mais de 20 anos.

Uma direção que tem agido de forma autoritária com aqueles que discordam de suas atitudes, como ficou demonstrado na última assembléia, quando Hudson Guimarães se negou a dar a palavra a professora que queria pedir um esclarecimento antes da votação. A base ficou indignada.

A greve tem acenado para a necessidade de construirmos uma nova direção. A base já deu esse passo ao construir um COMANDO DE GREVE DA BASE, que poderá ser o ponto de partida para o avanço da luta. Esse comando já fez sua primeira reunião após a assembléia do dia 31 de março, com a participação exclusiva da base, já que a direção, autoritária, se recusou a participar e retirou o som para impedir a reunião. Mesmo assim, a reunião ocorreu e aprovou diversos encaminhamentos. O comando de greve se reunirá nas segundas-feiras, às 17h, na sede do SINTE-RN.

Só os professores da base poderão impor uma derrota à intransigência da Prefeitura e à acomodação de uma direção sindical que agoniza, que já deixou claro jogar do “outro lado”. Direção esta que abandona as nossas reivindicações para dar o aval às políticas governamentais, já que seus partidos dão sustentação aos governos.