Demissões são ataques à organização dos trabalhadoresMais um ataque contra a organização dos trabalhadores foi desferido. Dessa vez a demonstração de autoritarismo e perseguição política partiu do prefeito de Maringá (PR), Silvio Barros II, que assinou um decreto, no último dia 25, demitindo 28 servidores municipais que participaram da greve da categoria no ano passado.

É a primeira vez na história da cidade que servidores são demitidos por fazerem greve. O absurdo motivo para demissão foi de “insubordinação grave em serviço“, um evidente desrespeito ao direito constitucional dos trabalhadores lutarem por seus direitos.

Por denunciar irregularidades cometidas pela prefeitura e os ataques ao serviço público, o SISMMAR (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá) tem sido atacado pelo atual prefeito.

Não é coincidência o fato da assinatura do decreto ter ocorrido numa semana tão desgastante para a Administração. Pouco antes do anúncio das demissões, um secretário que teve o nome envolvido em irregularidades pediu demissão. Na terça feira, 22, os jornais estampavam uma denúncia da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público sobre irregularidades na contratação de cargos de confiança pelo atual prefeito.

Nos dois casos que envolvem a justiça, as denúncias de irregularidades nas ações do prefeito, foram feitas pelo SISMMAR. O sindicato também organizou junto a outras entidades manifestações contra a privatização do Hospital Municipal e a coleta de lixo da cidade, no ano passado.

“É importante que toda a sociedade saiba que apesar de mais um ataque do prefeito contra os servidores e o sindicato, não vamos nos calar. Não seremos cúmplices dos desmandos e das irregularidades do atual prefeito”, afirma nota do sindicato.

Nesse momento, o sindicato está buscando ações jurídicas e promete mobilizar a categoria para reverter às demissões. Também foi criado em assembléia um fundo para pagar os salários dos funcionários demitidos, enquanto se recorre à justiça.
A entidade também pede para que se enviem mensagens de solidariedade e de repúdio as demissões. As mensagens podem ser encaminhas para:
[email protected]