A maior parte dos trabalhadores da Petrobras exerce suas funções em condições precárias. Hoje, segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobras, aproximadamente 120 mil funcionários da empresa são terceirizados, contra 40 mil concursados. Com a terceirização, foram abandonados os direitos trabalhistas, aumentaram os acidentes de trabalho e os salários pagos a esses trabalhadores embutem a total desvalorização salarial do setor. Além disso, há falta de investimentos em segurança, saúde e manutenção dos equipamentos; indenizações por acidentes de trabalho não são pagas e a empresa mascara as metas de jornadas excessivas que muitos trabalhadores terceirizados são obrigados a cumprir devido à redução de mão-de-obra.

Tudo isso aconteceu porque FHC conseguiu aprovar parte da reforma Trabalhista, que promoveu a precarização nas relações de trabalho. Por isso, o combate à terceirização deve ser uma prioridade combinada com a luta contra a reforma Trabalhista do governo Lula. “Devemos exigir a ampliação dos direitos trabalhistas aos trabalhadores terceirizados ‘Trabalho igual, direito igual’. Contra a terceirização é necessário defender a ‘primeirização’, ou seja, a absorção dos terceirizados na empresa”, defende o dirigente da Federação Única dos Petroleiros William Corbo.

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