As descobertas de petróleo do pré-sal fizeram do Brasil uma das principais áreas de expansão da indústria petrolífera mundial fora da OPEP. Até mesmo o governo dos EUA citou, em um relatório, o Brasil, ao lado da Rússia e do Cazaquistão. De acordo com Departamento de Energia dos Estados Unidos, a produção de petróleo brasileira deverá subir de 2 milhões de barris diários, em 2007, para cerca de 4 milhões/dia em 2020 e 6 milhões/dia, em 2035.

O pré-sal pode ter como recursos petrolíferos de até 134,3 bilhões de barris. Só o campo de Tupi, localizado em Santos, pode chegar até 12 bilhões de barris.

A descoberta do pré-sal foi a oportunidade para o governo voltar a falar em soberania nacional. Mais isso não passou de mais uma propaganda. Mas, o que o governo não diz, é que 30% da área do pré-sal já foi entregue (por meio dos leiloes de licitação) às para as multinacionais. Entre eles estão as áreas mais promissoras, como o complexo Pão de Açúcar, com os blocos de Azulão, Bem-Ti-Vi, Carioca e Caramba.

A reserva Azulão, por exemplo, é explorada em parceria entre a Petrobras e as multinacionais Exxon Móbil e a Hess Corp. As duas petroleiras estrangeiras exploram 80% da reserva, que pode conter até 8 bilhões de barris de petróleo.

A Shell tem dez concessões no Brasil, incluindo três blocos do pré-sal. Já produz petróleo no campo de Bijupirá-Salema, na região central da Bacia de Campos. Também é sócia de uma descoberta do pré-sal em Santos (Bem-te-vi).

A Chevron tem uma plataforma do Campo de Frade, no norte de Campos. Essa área é considerada, em potencial de reservas, o segundo pólo de exploração do pré-sal no Brasil, atrás apenas da província descoberta na Bacia de Santos, onde estão campos como Tupi, Iara e Guará.

Depois da descoberta do pré-sal, o governo do PT bem que tentou disfarçar o entreguismo. Criou o chamado “regime de partilha”, que apenas significa dividir o petróleo existente entre a União e as multinacionais.

Na prática, o modelo faria com que a Petrobras acabasse atuando como uma imensa prestadora de serviços para as transnacionais petrolíferas do imperialismo. Nessas parcerias, assume os ricos de explorar, executando o trabalho mais custoso e difícil: a extração do petróleo em águas ultraprofundas. Enquanto isso, o petróleo brasileiro está sendo destinado às grandes multinacionais e ao mercado externo.

Post author
Publication Date