A pré-candidata do PSTU ao governo do Rio Grande do Norte, Simone Dutra, atacou nesta quarta-feira (9) as políticas de privatização da saúde pública, implementadas em Natal pela prefeita Micarla de Sousa (PV) e pelo governo Lula (PT)Durante a inauguração da Unidade de Pronto-atendimento (UPA) de Pajuçara, na Zona Norte da capital potiguar, a pré-candidata denunciou a transferência de recursos públicos do município para a empresa privada que irá administrar a unidade de saúde. “O que Micarla e Lula estão fazendo é o início da privatização da saúde pública. Eles estão entregando o controle da UPA de Pajuçara para uma empresa, uma organização social, que irá lucrar bastante com o recebimento de R$ 6 milhões em recursos públicos”, denunciou.
Simone afirmou também que a empresa já vai encontrar a unidade de saúde completamente equipada, onde toda estrutura física foi garantida pelo município. “Mesmo sem desembolsar nenhum centavo, essa organização social vai receber recurso público para administrar a UPA da forma que bem entender, contratando sem concurso e gerenciando a saúde pública como uma mercadoria”, disse a pré-candidata.
Simone Dutra conversa com trabalhadores do SAMU
As declarações foram feitas no local da inauguração, durante um protesto de sindicatos contra a privatização da saúde. A manifestação reuniu também militantes do PSTU. A pré-candidata Simone Dutra denunciou, ainda, as prioridades econômicas do governo Lula e defendeu um SUS completamente público, estatal e de qualidade.
Pré-candidata explica a privatização da saúde em Natal
“Em 2009, Lula entregou R$ 38 bilhões aos banqueiros para o pagamento dos juros da dívida pública. Enquanto isso, destinou quase quatro vezes menos para a saúde. O resultado é um serviço público que não consegue atender as necessidades mais básicas da população. Além disso, o governo federal ainda transfere recursos públicos para os planos de saúde. Nós, do PSTU, somos contra a privatização do SUS e defendemos a aplicação de, no mínimo, 6% do PIB nacional para a saúde pública. Somos contra a transferência do dinheiro público para o setor privado”, defendeu Simone.