Com a estatização, seria possível baratear os preços dos alimentos e transportesA Petrobras é nona maior empresa do mundo. O problema é que seu crescimento é obtido com a utilização do patrimônio nacional e nossas reservas petrolíferas, enquanto a maioria das ações fica nas mãos dos grandes especuladores internacionais. Somente 32,8% das ações estão nas mãos da União e mais de 50% estão negociadas na Bolsa de Nova York. Em 2010, foram distribuídos R$ 8,335 bilhões em dividendos a esses acionistas.

A empresa chegou a ter 63 mil trabalhadores em 1969. Com a política privatista de FHC, baixou para 39 mil em 1998. Hoje, tem por volta de 70 mil. Mas a produção da Petrobras era de, em média, 701 mil barris diários em 1989. Hoje, é de 2,5 milhões. Portanto, produz mais que o dobro com praticamente a mesma quantidade de trabalhadores.

Além disso, no ano passado a empresa dizia ter 295 mil terceirizados. Com o pré-sal, estima-se que essa cifra ultrapasse um milhão. Tal processo leva à redução dos salários, benefícios e direitos. Assim como a um elevado número de acidentes, inclusive fatais. De 1995 até 2009, foram registradas 282 mortes de trabalhadores. Destes, 227 eram terceirizados.

Agora o governo quer transformá-la numa das maiores prestadoras de serviços do mundo para as transnacionais petrolíferas do imperialismo. A manobra culmina com a criação de uma empresa estatal gerenciadora da entrega do petróleo para as transnacionais.

Restatização total da Petrobras
Defendemos uma nova Petrobras, uma empresa integrada em toda a cadeia produtiva: exploração, produção, transporte, refino, importação/exportação, distribuição e petroquímica.

Seria um instrumento estratégico de aplicação das políticas energéticas e da soberania nacional. Estabelecendo diretrizes para alianças entre companhias estatais de petróleo, com ênfase nas outras estatais, e a integração energética no Mercosul e na América Latina como um todo.

Retomando a participação na produção e mercado de fertilizantes e insumos agrícolas, de forma a contribuir para a redução dos custos de produtos agrícolas, que hoje oneram e inviabilizam a produção, principalmente para os médios e pequenos produtores, quase totalmente dependentes de empresas multinacionais estrangeiras.

Gasolina e gás mais baratos
Com o monopólio estatal e a Petrobras 100% estatal, poderemos acabar com o alinhamento dos preços dos derivados às flutuações dos preços do óleo no mercado internacional.

Com este alinhamento de hoje perdem todos. Perde a Petrobras, pois sua atividade de refino apresenta uma das menores margens de lucro. Perde a economia nacional, pois deixa de usar o combustível para o desenvolvimento do país. E favorece o aumento da inflação com aumentos de preços.

Essa medida faria baixar o preço do combustível, principalmente para os meios de transporte coletivos e de carga. O preço da passagem de ônibus seria irrisório e os alimentos custariam menos. E o gás de cozinha poderia inclusive ser distribuído gratuitamente para a população mais carente, de forma subsidiada.

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