As Câmaras Municipais em todo o país são dominadas pelos políticos burgueses e reformistas. Todos têm suas campanhas financiadas pela grande burguesia e votam nos projetos de lei de acordo com a pressão das grandes empresas sobre eles. A corrupção é parte fundamental do sistema capitalista, e a compra de votos é uma das características mais podres desse regime político.

No mês passado, os trabalhadores se indignaram com a liberação por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dos candidatos chamados “fichas sujas”. Apesar de terem condenações judiciais, eles poderão concorrer normalmente aos cargos de prefeito e vereador, desde que possuam algum recurso judicial.

Dessa forma, candidatos com longas fichas criminais, com crimes de corrupção e até assassinatos, desfilarão impunemente nos programas eleitorais de TV e rádio. Por meio de campanhas milionárias, vários deles, infelizmente, serão eleitos no dia 5 de outubro. Um verdadeiro absurdo.

Outra face desse processo são os políticos ligados aos grupos de extermínio, como as milícias do Rio de Janeiro, que são eleitos sem sofrer nenhuma represália do poder público. Enquanto isso, o povo negro e pobre das comunidades carentes sofre diariamente com a repressão policial e o terror imposto pelo tráfico de drogas e os bandos armados ligados às “empresas” de segurança privada.

Contra esse mar de corrupção que inunda a política burguesa, um setor da esquerda reformista busca responder a esse processo estrutural com um discurso superficial, com aparência de “progressista”. Eles defendem uma renovação com políticos de “fichas limpas”, em nome de uma tal “ética na política”. Repetem um velho discurso do PT, que prometia “ética na política” e, depois de assumir o poder, acabou na mesma corrupção dos governos de antes.

Não é possível reformar a democracia dos ricos como sempre propôs o PT. O PSTU afirma que não é possível atingir uma política honesta e transparente no sistema capitalista, marcado sempre pela corrupção e pelos grandes ataques aos trabalhadores e pela defesa dos interesses do grande capital. Isso ocorre por meio do patrocínio milionário das grandes empresas às campanhas eleitorais ou diretamente através da compra de votos dos parlamentares.

Na contramão de tudo isso, chamamos os trabalhadores e a juventude a eleger vereadores do PSTU. Longe de pregar a utopia reacionária de “limpar” a política burguesa, queremos utilizar os mandatos para defender o povo pobre e denunciar o caráter de classe e antitrabalhador das instituições do regime político da burguesia, como os parlamentos.

Eleger revolucionários
É muito importante votar em vereadores da classe trabalhadora. É muito importante para a construção e o fortalecimento de um campo de oposição de esquerda e socialista no país, contra os blocos do PSDB/DEM e PT/PCdoB.

Também é muito importante eleger vereadores socialistas, que lutam no dia-a-dia em defesa dos interesses da classe trabalhadora. Eleger um vereador do PSTU é colocar um apoio para as lutas dentro das instituições da burguesia.

O mandato de um vereador do PSTU estará a serviço do apoio às lutas de nossa classe e do respeito a suas reivindicações. Um vereador de nosso partido sempre denunciará o caráter burguês do parlamento e chamará os trabalhadores a desconfiarem das instituições da burguesia e confiarem somente na força de sua luta e auto-organização.

Principalmente, um vereador socialista e revolucionário do PSTU não mudará sua opção pelos interesses da classe operária e receberá um salário equivalente ao que recebia em sua profissão de origem (um salário médio de um operário qualificado).

Assim, ao contrário dos parlamentares de outros partidos, não vai mudar seu padrão de vida com o mandato, seguirá vivendo com antes. Além disso, um vereador do PSTU sempre vai se submeter às decisões do mandato, às organizações de luta dos trabalhadores e ao controle da base do nosso partido.

Por isso, com muito orgulho, nós do PSTU pedimos o voto dos trabalhadores nestas eleições municipais.

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