A PM mata e seu alvo tem cor

Os dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro demonstram o que vemos todos os dias nas periferias cariocas. A PM mata e seu alvo tem cor: das 644 pessoas assassinadas pela polícia do Estado do Rio em 2015, 497, ou seja 77,2% eram negras ou pardas.

A matança dos nossos jovens negros e pobres da periferia não pode ser mais banalizada como briga entre traficantes e polícia. Não podemos aceitar o discurso da mídia e da polícia que transforma nossos jovens em bandidos. Nem mesmo justificar, de qualquer forma, a barbárie policial e suas execuções sumárias. Não podemos cair nesse papinho dos governos de que sempre é um problema do mal caratismo de alguns policiais. Aqui, falamos de um padrão! Estamos falando da polícia que mais mata no mundo. Falamos de uma polícia que tem alvo: o pobre e preto da periferia. Falamos de uma política de estado de criminalização da pobreza que trata todo negro e pobre como bandido em potencial. Falamos de racismo e genocídio. Falamos de filhos e filhas da classe trabalhadora que tem suas vidas ceifadas todos os dias simplesmente por serem negros. Não podemos nos calar! Vidas negras importam!

 

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