Paralisação por democracia na Universidade Regional do Cariri, no Ceará, completa um mêsNo dia 27 de junho, estudantes, professores e funcionários da Universidade Regional do Cariri paralisaram suas atividades em protesto contra a nomeação de André Herzog para reitor. Três dias depois, a reitoria da URCA foi ocupada pela comunidade universitária. Na madrugada do dia 18 de julho, a Universidade foi invadida pela tropa de choque da Polícia Militar, que arrancou os manifestantes do local sob a mira de armas, a mando do governador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) e do interventor André Herzog.

O movimento teve início porque o governo do estado feriu a autonomia da universidade ao escolher o segundo colocado na consulta paritária — a primeira realizada na região Nordeste — realizada no mês de maio. Dos quatro candidatos, somente o do governo, André Herzog, se recusou a assinar um manifesto defendendo que o reitor eleito fosse empossado. Seus asseclas consideravam que o decisivo seria a canetada do governador.

Mesmo depois da invasão policial, os manifestantes continuam mobilizados. No dia 21 de julho, a polícia retirou-se da reitoria, mas continua instalada nos arredores da universidade. Além disso, acredita-se que policiais a paisana continuem no campus.
Fábio José C. de Queirós, vereador pelo PSTU na cidade de Juazeiro do Norte, professor de História da URCA e membro do Comando de Greve, afirma que “esta é uma das greves mais radicalizadas da história da universidade e tem uma enorme importância porque não está lutando somente contra o reitor-interventor, mas também contra o governo do estado, concretizando a defesa da autonomia da URCA.”

Ainda segundo Fábio, “apesar de que setores do PT e do PCdoB, que também compõem o comando de greve, comecem a acenar com propostas de recuo, o movimento continua forte e está disposto a continuar na luta até a saída do interventor. Para tal é fundamental a solidariedade ativa de todo movimento estudantil, sindical e popular.”

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Post author Emmanoel Lima,
de Crato (CE)
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