No dia 14 de setembro, estudantes da USP, Unesp, Fatec e Unicamp enfrentaram nas ruas o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vetou verbas destinadas às universidades estaduais paulistas.

Cerca de mil pessoas, entre estudantes, professores e funcionários, foram até a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para protestar contra o governador e reivindicar mais verbas para a educação. Muitas entidades representativas e coordenações estavam presentes no ato, entre elas a Coordenação de Luta dos Estudantes, a Conlute.

Para impedir que os estudantes entrassem na Assembléia Legislativa, os batalhões de choque da Polícia Militar (PM), equipados de bomba de efeito moral e balas de borracha, ficaram perfilados na entrada. A cavalaria da PM também foi convocada para reprimir a manifestação, em um aparato policial como há muito não se via.
Uma parte dos presentes conseguiu ingressar na Alesp e a outra parte permaneceu do lado de fora, onde foi atacada pelos policiais. Dezenas de bombas foram lançadas contra os estudantes e trabalhadores que resistiam bravamente. Balas de borracha e a cavalaria também foram utilizadas sem pudor.

Treze pessoas foram detidas e cinco estudantes ficaram feridos. Um estudante da Unicamp foi levado para o 780 Distrito Policial embora estivesse com um sério ferimento no pé, causado pela explosão de uma bomba atirada pela PM. Um câmera da rede Globo também foi ferido.

Mobilização continua
Uma manobra da Assembléia postergou a votação do veto de Alckmin. Docentes das universidades em greve estão voltando ao trabalho, mas os funcionários continuam parados em diversos campi. Apesar disso, docentes, funcionários e estudantes continuam mobilizados contra o veto do governador que impediria que as verbas para a educação aumentasse dos atuais 30% para 31%. Paralisações já estão sendo marcadas para o dia da votação do veto na Assembléia.
Post author Thiago Hastenreiter, da Secretaria Nacional de Juventude do PSTU
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