No dia 25 de agosto, o Rio de Janeiro foi palco da primeira manifestação de rua contra a Reforma Universitária de Lula e FMI. Nesta mesma data estava em vias de ser aprovado em Brasília o projeto “Universidade para Todos”, que transfere verba pública para os donos das faculdades particulares.

Cerca de 300 estudantes da UFRJ, UFF, UFRRJ, UERJ, Estácio de Sá, PUC e colégios da rede pública, atenderam ao chamado da Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes (Conlute), se concentraram no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e foram em direção a delegacia do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Os estudantes reivindicavam uma audiência pública com o delegado do MEC, Willian Campos. Estudantes, professores e funcionários técnicos-administrativos foram recebidos pela Polícia Militar (PM) a mando de Willian Campos abaixo de pauladas e gás de pimenta. Esse é o tipo de “diálogo” que o governo Lula quer manter com a comunidade universitária.

As mobilização tendem a crescer. Greves estudantis estouraram nas federais da Paraíba, Bahia, Sergipe e São Paulo. É preciso organizar encontros estaduais contra a reforma e construir o Conlute em cada universidade, em cada escola. Em novembro, o Conlute organizará junto com o Conlutas, uma grande caravana a Brasília para colocar abaixo a Reforma Universitária de Lula e FMI, e dizer para todos os estudantes do país que a UNE não fala em nosso nome.