Policial ataca sindicalista. Empresa protege sindicato fantasma da CUT
Luciano Coca/SindmetalSJC

Diretores do Sindicato dos Metalúrgicos foram agredidos na manhã desta quarta-feira, dia 7, pela Polícia Militar, enquanto tentavam entregar o “Jornal do Metalúrgico“ aos trabalhadores da Embraer. Os sindicalistas levaram socos, pontapés e golpes de cassetetes.

O primeiro confronto aconteceu às 5h30, quando os sindicalistas entregavam o jornal e recolhiam uma pesquisa sobre a compensação dos jogos da Copa. Os diretores sindicais foram agredidos e derrubados quando tentavam subir nos ônibus. A violência foi maior por volta das 7h, quando foi tentado fazer o mesmo trabalho com os mensalistas.

A postura da Polícia Militar é uma clara intervenção do Estado e um ataque ao direito de organização dos trabalhadores.

rO diretor sindical José Donizete de Almeida foi empurrado e derrubado pelos policiais enquanto tentava entregar o material. “A situação da Embraer hoje não é um caso de polícia, é um caso de desrespeito à liberdade e à organização dos trabalhadores“, disse o diretor.

Divisão da categoria
A Embraer recorreu à Polícia alegando que o Sindicato dos Metalúrgicos não representa mais os trabalhadores do setor aeroespacial, o que não é verdade. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, legalizou um sindicato fantasma em um período recorde de tempo, mas os trabalhadores da Embraer, das fábricas do setor e de toda a categoria têm reafirmado em várias assembléias nos últimos dias que o legítimo representante é o Sindicato dos Metalúrgicos.

A intervenção da PM nesta quarta-feira revela o objetivo do governo e da empresa de enfraquecer o Sindicato dos Metalúrgicos, por ser uma entidade combativa, para dar espaço a um sindicato fraco, diretamente ligado aos interesses da empresa.

Às 14 horas, o Sindicato estará novamente na porta da Embraer para fazer as atividades normais junto aos trabalhadores da empresa.