A Plenária Nacional da Campanha contra a Alca, nos dias 14 e 15 de abril, reuniu mais de 60 companheiros de diversos estados. O sentimento majoritário das bases era manter a campanha e vinculá-la à luta contra as reformas neoliberais do governo.
Resolução importante. Ainda mais porque, dias antes, o Comitê de Negociações Comerciais da Alca (CNC), reunido em Buenos Aires, havia terminado em impas-se, devido à delicada conjuntura eleitoral dos EUA. Com isso, atrasava-se o crono-grama da Alca e inclusive a reunião dos ministros dos 34 países, que ocorreria no Brasil, em junho, quando estava indicada a realização de uma manifestação com participação continental.

O impasse na negociação fez com que setores governistas – como o PCdoB – alardeassem uma ”Vitória do Brasil e derrota da Alca”, desmobilizando e alimentando ilusões de que o governo Lula recusaria o projeto de recolonização.

Mas esse governo segue comprometido com os interesses imperialistas, seja dos EUA, seja da União Européia. Prova disso, é que o impasse já começou a ser destravado. Através de uma troca de cartas entre o ministro Celso Amorim e Robert Zoellick, representante comercial dos EUA, foi retomado o diálogo sobre as negociações e o cronograma da Alca.

  • Algumas resoluções:

    Manter os comitês sem dissolvê-los em outros movimentos; seguir exigindo o Plebiscito Oficial; relacionar a Campanha à luta contra as reformas; fazer novos materiais, realizar palestras e cursos de formadores, em julho; indicar mobilização no 1º de Maio e no Grito dos Excluídos, além da manifestação de 16 de junho, em Brasília, contra as reformas; e realizar, em novembro, um Tribunal sobre a Política Econômica, englobando Alca, FMI, dívida e reformas.
    Se o cronograma oficial for retomado e a reunião no Brasil for remarcada, o centro das atividades será a preparação do “Seatlle brasileiro”.

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