Marinor e Abel
PSTU Belém

Mais de 200 ativistas e militantes do PSTU, PSOL e PCB participaram da Plenária Eleitoral da Frente de Esquerda que ocorreu no dia 6 de agosto, no clube da Tuna Luso Brasileira, em Belém (PA).

Apesar de ter se acidentado e fraturado o joelho, Marinor Brito (PSOL), candidata a prefeita pela frente, mesmo em cadeira de rodas, esteve presente. Ela denunciou a falsa polarização burguesa entre Duciomar (PTB) e Valéria Pires (DEM), afirmando que continua na campanha, mesmo sem poder andar e sair de casa.

“Tivemos reunidos com vários segmentos organizados em minha casa, o sindicato dos jornalistas, associação dos percussionistas. Isso tem demonstrado que nossa candidatura tem espaço”, disse Marinor.

Abel (PSTU), candidato a vice-prefeito, foi incisivo. Iniciou seu discurso com a denúncia da invasão da sede da Conlutas no Vale do Paraíba (SP). “Gostaria de começar fazendo uma denúncia, a sede da Conlutas, em São José dos Campos, foi invadida por vários jagunços armados que entraram no local, atiraram e feriram trabalhadores. Temos certeza de que essa ação tem a ver com a vitoriosa greve dos trabalhadores da Revap e a com campanha da Conlutas contra o banco de horas na GM”, afirmou.

Abel também denunciou o governo Lula, o aumento do preço dos alimentos e a Justiça burguesa que criminaliza os movimentos sociais, como, por exemplo, o MST, que ocupou a fazenda do banqueiro Daniel Dantas. Chamou também a militância a tomar as ruas para, ombro a ombro, pedir o votos dos trabalhadores na frente de esquerda.

A plenária reafirmou a necessidade de seguir o debate programático. Para Abel, “a frente deve atacar os grandes empresários da cidade que exploram milhares de trabalhadores, como os empresários dos transportes, o grupo Líder e Yamada. Temos de apoiar nosso governo nos Conselhos Populares, onde os trabalhadores decidam sobre 100% de todo o orçamento municipal”.

Esteve também presente o candidato a vereador pelo PSTU, Ailson, operário da construção civil que já iniciou sua campanha com uma aceitação significativa da base da categoria. A campanha seguirá com várias atividades de rua e estará colada nas campanhas salariais em curso, principalmente dos trabalhadores da construção civil. Esses realizam uma grande assembléia no dia 8 de agosto que poderá deflagrar greve.

A plenária terminou com os presentes cantando a palavra-de-ordem “Frente de Esquerda é pra valer, pra derrotar a direita e o PT”.