Em todas as regiões, população diz “não” à privatização da Vale, ao pagamento da dívida, à exploração privada da energia elétrica e à reforma da PrevidênciaIniciado no dia 1º de setembro, o Plebiscito Popular está agitando todo o país, recolhendo milhões de votos na base das categorias e entre a população em geral. A votação ocorre até o dia 9 de setembro. No dia 7, dia da Independência, o já tradicional Grito dos Excluídos contará com manifestações nos estados com as bandeiras levantadas pelo plebiscito. Veja abaixo como está o plebiscito em algumas regiões.

Minas Gerais
O estado mineiro é destaque na organização e realização do plebiscito popular. Ainda na fase de preparação, cerca de 300 mil boletins da Conlutas estadual foram distribuídos nas bases para a divulgação da votação, além de milhares de cartazes.

A Coordenação Nacional de Lutas, uma das principais entidades que estão à frente do plebiscito, pretende coletar cerca de 300 mil votos. No entanto, o comitê no estado reúne ainda todos os importantes movimentos e organizações sociais, como as pastorais sociais e as organizações da Via Campesina, com exceção da CUT e da UNE. O estado, que abriga a sede da Companhia Vale do Rio Doce, está na vanguarda do plebiscito.

Rio de Janeiro
No estado do Rio, até o dia 3, já haviam sido distribuídas cerca de 750 urnas para o recolhimento dos votos. A expectativa do comitê estadual organizador do plebiscito é que elas cheguem a 900 até o fim da votação. A votação do Plebiscito Popular se combina com as atividades do movimento das categorias no estado. Desta forma, o plebiscito foi incorporado pelos servidores da Justiça estadual, que pararam nos dias 4 e 5 de setembro.

Durante o congresso do Sindsprev-RJ (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social), que terminou no dia 2 de setembro, a grande maioria dos 750 delegados de todo o estado votou nas quatro questões do plebiscito. Apesar do boicote da CUT, que rompeu com o comitê para encaminhar o plebiscito com apenas a primeira questão a fim de proteger o governo, a votação com as quatro perguntas segue forte, envolvendo um amplo conjunto de entidades e movimentos sociais.

São Paulo
Na capital paulista, os professores da Oposição Alternativa estão coletando votos em mais de 300 urnas. Só na Zona Oeste, são mais de 100 urnas. Os militantes do PSTU que atuam no setor realizam o plebiscito em cerca de 70 escolas da capital.

A urna do Ipen, órgão federal localizado no campus da USP, organizada pela Conlutas, coletou mais de 400 votos num único dia. Durante a votação, vários servidores afirmaram ter tomado conhecimento do plebiscito através do programa do PSTU na TV, veiculado no dia 30 de agosto.

Em São José dos Campos (SP), a votação foi aberta com um ato público no dia 1º no centro da cidade. O Sindicato dos Metalúrgicos disponibilizou urnas fixas e itinerantes em 100 fábricas. Há urnas também nas escolas, igrejas e feiras. Além dos metalúrgicos, químicos, trabalhadores da alimentação, funcionários dos Correios, condutores, servidores de Jacareí e São José (oposição), petroleiros, professores e aposentados estão mobilizados na coleta dos votos.

Movimentos sociais, como os sem-teto do Pinheirinho e o MST também participam ativamente do plebiscito na região.
Post author da redação
Publication Date