No dia 4 de fevereiro, no Fórum Social Mundial, será dada a largada pra valer na campanha contra a Alca e preparação do Plebiscito. A Marcha contra a Alca certamente reunirá dezenas de milhares de pessoas e será a manifestação mais importante que ocorrerá em Porto Alegre.

O maior trabalho e desafio, no entanto, virá depois: a organização dessa campanha, de modo a levar essa discussão para a base, numa grande campanha de massas.
Cada sindicato, cada centro acadêmico, cada ativista, cada professor, cada sem-terra, cada ativista sem-teto precisará se engajar na campanha.

Em 2000, no Plebiscito da Dívida Externa, votaram 6 milhões de pessoas. Repetir e ampliar esse sucesso depende do grau de engajamento de cada ativista de esquerda existente nesse país. Essa campanha pelo seu conteúdo é, junto com as lutas que existirão, a atividade central desse ano de 2002. Inclusive, a campanha eleitoral da esquerda deveria ter esse tema como seu carro chefe, do qual se desdobram os demais.

A construção do Plebiscito popular neste ano é chave. Até porque a Alca tem um cronograma de negociações em andamento, do qual o governo brasileiro participa. A área de “livre comércio” já está sendo negociada pelas costas do povo. Por isso não se sustentam posições como a de Aloísio Mercadante. O deputado petista quer fazer um Plebiscito em 2005, quando as negociações já estiverem encerradas. E menos ainda as posições dúbias do PT sobre esse tema.

O movimento deve exigir a ruptura já de toda e qualquer negociação em torno da Alca. E, para tanto, é preciso encampar a luta contra a Alca e pela construção do Plebiscito como a grande campanha do movimento operário, sindical e popular neste ano de 2002.

Post author Editorial do Opinião Socialista 127
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