Os moradores da ocupação do Pinheirinho impuseram mais uma derrota à prefeitura tucana de São José dos Campos. A liminar concedida à prefeitura que previa a derrubada de casas e barracos da ocupação foi cassada no dia 7 de fevereiro pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A desocupação já estava sendo articulada pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB) e pelo comando da Polícia Militar. O prefeito havia eleito a ocupação como o “principal problema” a ser resolvido em 2006.

A liminar foi cassada após uma intensa campanha nacional e mobilizações dos
sem-teto na cidade, realizadas por vários ativistas e pela Conlutas. A ocupação reúne cerca de 7 mil pessoas e encontra-se numa propriedade apontada como sendo de Naji Nahas, especulador condenado por falcatruas no mercado financeiro.

Sem-teto resistemem São Paulo
No mesmo dia em que a ocupação de São José conquistava mais uma importante vitória, na capital paulista, sem-teto que ocupam o Edifício Prestes Maia, no centro da cidade, protestavam contra a ordem de despejo movida por Serra. O prefeito, pré-candidato à disputa presidencial, move uma verdadeira política higienista no centro de São Paulo, expulsando do local moradores de rua e movendo ações de despejo às ocupações.

A ocupação Prestes Maia reúne cerca de 468 famílias, totalizando algo em torno de 2 mil pessoas. Os moradores têm até o dia 15 de fevereiro para deixarem o local. A prefeitura racista e discriminatória do PSDB ofereceu passagens aos moradores da ocupação para que deixassem o local e voltassem às suas cidades natais. A maioria dos ocupantes, porém, rechaçou o “agrado” de Serra. Os moradores decidiram permanecer no edifício até a chegada da tropa de choque.

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