Assembléia de massas em Anzoátegui aprova plano de ação e mobilizações. Unidade acende o pavio da luta pelo contrato coletivo petroleiroEm um clima de fraternidade e solidariedade para a luta, mais de mil trabalhadores de base das distintas dependências e áreas da PDVSA, assim como das empresas mistas (Sincor, Petrozuata, Cerro Negro, Ameriven, Sinovensa, Manejo de Sólidos) que operam no norte do estado Anzoátegui, ocorreu na manhã de 17 de julho uma importante assembléia de trabalhadores petroleiros.

Sob a consigna de “Unidade, unidade e mais unidade”, os trabalhadores petroleiros se mostraram dispostos a brigar pelo contrato coletivo. Igualmente, foram obtidos o consenso e a participação de todas as organizações sindicais da indústria, que possuem vida ativa na região. Diretores, funcionários e delegados sindicais e de prevenção, assim como ativistas de larga trajetória de luta, atenderam a convocatória dos principais dirigentes da Fedepetrol, Fetrahidrocarburos, Sinutrapetrol, Sintrasincoran, Sintracene e Sinutrapetrogas. Pela Fedepetrol de Anzoátegui participaram os diretores José Bodas, Gregorio Rodríguez, Miguel Pericana, Manuel Páez e Luís Díaz. Pela Fetrahidrocarburos, Daniel “lobito“ García, Fabricio Mejías e Malvar. Pelo Sinutrapetrol, Wilmer Aguilar “el patria“ e Álvaro Bastardo, além dos diretores dos sindicatos das empresas mistas da PDVSA (Sincor, Petrozuata, Cerro Negro, Ameriven, Sinovensa, Manejo de Sólidos). Entre eles, Marco Ojeda, Luís Carvajal e Bartola Bracamonte, pelo Sintrasincoran e Sintracene, respectivamente.

José Bodas, secretário-geral da Fedepetrol de Anzoátegui, afirmou: “Nós trabalhadores petroleiros estamos em meio a um processo revolucionário vivo, em que devemos jogar um papel importante na defesa da indústria como fizemos contra a direita golpista e imperialista durante a paralisação petroleira de 2002. Mas, ao mesmo tempo, dizemos que não vamos permitir que nos novos inimigos do processo que se encontram na PDVSA, disfarçados de ‘pumalaca´ (vermelhos por fora e brancos por dentro), utilizem a chantagem para frear o direito dos trabalhadores de reclamar o que nos corresponde: um acordo coletivo digno, assim como as demais conquistas econômicas, sociais e políticas ganhas com muito sacrifício e luta”.

Bodas, que também é membro da Corrente Classista, Unitária, Revolucionária e Autônoma, disse ainda: “Para os trabalhadores petroleiros o socialismo significa conquistar uma convenção coletiva discutida com as bases, e não com uma comissão negociadora nomeada a dedo pelos patrões, na qual os trabalhadores não sabem o que é discutido, convertendo a negociação do contrato em uma ‘caixa preta´, por isso desconhecemos esta comissão entreguista. Por outro lado, dizemos que devemos avançar rumo ao socialismo, absorvendo os trabalhadores das empresas mistas, que efetuam atividades fixas e permanentes, fazenda efetiva a promessa presidencial de absorção feita o 1º de Maio passado no complexo refinador José Antonio Anzoátegui. Com os trabalhadores, dizemos que o socialismo se constrói com igualdade, por isso denunciamos a discriminação a que são submetidos os trabalhadores contratados e exigimos que o bônus seja pra todos! Que seja um verdadeiro bônus e não um adiantamento pela discussão do contrato coletivo”.

“Os trabalhadores das extintas associações estratégicas não esqueceram os passivos que as transnacionais petroleiras devem a eles pelos contratos coletivos vencidos no período anterior à ‘nacionalização´. Exigimos que Petrozuata, Sincor, Ameriven, Operadora Cerro Negro, Sinovensa e Aimvenca paguem aos trabalhadores o que devem”, disse Bodas.

Os participantes da assembléia concordaram plenamente que, além das diferenças que possam existir entre os distintos fatores que contribuem para a vida sindical na indústria, o importante neste momento é unificar as ações para a luta. Por isso, a assembléia aprovou declarar-se em emergência pela discussão do contrato coletivo. Os trabalhadores querem ser protagonistas do que se discute em seu contrato. Também foi votada outra grande mobilização para 25 de julho no complexo refinador José Antonio Anzoátegui, assim como distintas atividades pela defesa e democratização da discussão do contrato coletivo petroleiro.

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