A reorganização no movimento sindical brasileiro começa a ganhar força entre os trabalhadores da Petrobras. Em vários sindicatos de petroleiros, assim como na Federação Única dos Petroleiros (FUP), estão se formando oposições pela base contra os dirigentes pelegos que se integraram ao aparato e hoje ocupam altos cargos de chefia na empresa.

A situação está tão complicada para a direção da FUP que eles pensam em adiar o congresso da entidade “para depois da Copa do Mundo”. Sabem que podem ficar em minoria se a eleição dos delegados ocorrer agora.
Contra estes dirigentes que são a correia de transmissão do governo Lula no movimento sindical, foram organizadas duas fortes oposições com chances de ganhar os sindicatos.

No litoral paulista, sete diretores romperam com a Articulação e juntamente com setores da oposição montaram a Chapa 2 – União e Transparência. Em seus materiais denunciam a política econômica do governo Lula, a continuidade da realização de leilões das reservas de petróleo e os ataques ao Plano Petros BD.
Além disso, assumem o compromisso de abrir na base a discussão sobre a filiação à CUT e à FUP. As eleições do sindicato serão nos dias 22 e 23 de março.

Nova direção no Rio Grande do Norte
Com um programa bastante similar foi formada no Rio Grande do Norte a Chapa 2 -Oposição Petroleira “Pela Base”. Nos dias 18 e 19 realizou-se um seminário com a presença de Clarkson Araújo, diretor do Sindpetro AL/SE, onde se incorporaram ao programa críticas ao governo Lula e o eixo fundamental da chapa, a construção de um sindicato independente dos patrões e do governo.

A Chapa 2 também se comprometeu a abrir na base a discussão sobre a filiação do sindicato a CUT após as eleições e construir um bloco de oposição à atual diretoria da FUP no próximo congresso. As eleições ocorrerão nos dias 10, 11 e 12 de abril.
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