Redação

Petroleiros do Amazonas, Bahia, Espírito Santo e São Paulo aprovaram greve por tempo indeterminado no último dia 5. Os sindicatos de Pernambuco e Minas Gerais também aprovaram greve em suas bases e devem fortalecer a luta.

A greve foi aprovada contra os inúmeros problemas que a categoria vem enfrentando, como a privatização das refinarias e de ativos da empresa, em meio à troca de comando da presidência da Petrobras e à alta dos preços dos combustíveis, que trouxe a questão do Preço Paridade de Importação (PPI) para a grande mídia.

Os sindicatos denunciam os impactos das privatizações nas relações de trabalho, em função das transferências compulsórias feitas pela gestão da Petrobras, da redução drástica de efetivos e do sucateamento das unidades, principalmente as que estão sendo vendidas. O resultado desse desmonte é o risco diário de acidentes, sobrecarga de trabalho, assédio moral e descumprimento rotineiro do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Unidade entre a FNP e a FUP

Foi realizada uma reunião entre a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) para debater a unificação das lutas e construir uma forte greve nacional petroleira.

“Nós da FNP, avaliamos ser importante e urgente um movimento concreto para a organização unificada de nossa mobilização. Temos nossas diferenças, mas achamos que há condições para atuarmos conjuntamente com uma pauta, mesa única e um calendário nacional unificado de mobilização nas bases”, afirma Eduardo Henrique, militante do PSTU e do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).

A FNP está defendendo a construção de comando unificado local e nacional de greve e realização de caravana por todas as bases com dirigentes de ambas as federações. “A FNP vai seguir com a batalha pela unidade. Achamos importante a continuidade dos entendimentos entre as federações, na expectativa de que se desenvolvam comandos unitários locais, pela base, além do comando nacional unificado. Precisamos unir as forças para barrar o desmonte e a privatização da Petrobras”, pontua o sindicalista.

Mobilização

Desde a semana passada, os sindicatos ligados à FNP vêm realizando assembleias e mobilizações, discutindo com a categoria a necessidade e a urgência da greve e construindo suas pautas.

“Esta semana começam as assembleias gerais e também ações de comunicação junto à população, com venda de gás de cozinha e gasolina subsidiada, como estamos fazendo no Sindipetro-RJ. Temos que levar essa luta para o conjunto da sociedade e unificá-la com as demais categorias em luta, unindo o conjunto da classe trabalhadora contra os ataques de Bolsonaro”, explica.