Durante cerca de oito meses os trabalhadores do Sindipetro da região Norte, excluindo-se Manaus, discutiram se continuariam ou não filiados à FUP (Federação Única dos Petroleiros).

Por todas as mazelas que a FUP “vem cometendo com a classe trabalhadora, alinhando-se à política do governo e da Petrobras, sempre em defesa de alguns cargos para seus dirigentes e dirigentes de alguns sindicatos que o apóiam – esqueceram completamente qual a função pela qual foi criada” (Declaração da diretoria do Sindipetro), a maioria dos trabalhadores decidiu por deixar a FUP em uma seqüência de assembléias.

O ataque ao plano de saúde e Previdência PETROS BD, realizado pela direção da empresa e pela direção da FUP, foi a “gota d`água“.

A discussão foi concluída no dia 1º de novembro, com a assembléia dos aposentados. Todo esse processo passou por discussões em reuniões setoriais e foi concluído nas assembléias de base, que são o fórum maior deste sindicato. As assembléias tiveram 86% de votos pela desfiliação, sendo 76% na ativa e 100% nos aposentados.

Os próximos passos são organizar a Campanha Salarial Reivindicatória e construir uma alternativa de direção. De acordo com o diretor do sindicato Agnelson, “precisamos de uma nova alternativa para o movimento petroleiro, que não esquecem de nossas funções, que é de defender a luta da classe, e esta ferramenta já é uma realidade que é a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP) que já começa a fazer parte de mais uma etapa de nossa história de lutas”.

Este sindicato também já está desfiliado da CUT e agora irá debater a filiação à Conlutas.