O governo e a direção da FUP (Federação Única dos Petroleiros) estão tentando passar um acordo rebaixado para atender as exigências do FMI de manter o superávit primário e pagar a dívida externa. Não existe nenhuma justificativa para a Petrobrás não atender às nossas reivindicações, pois o lucro e o crescimento da empresa não justificam o desrespeito aos trabalhadores. Depois das mobilizações de 24 horas do dia 10 e do dia 25/ 9, que só não aconteceram onde o sindicato não se fez presente, foi afirmada a rejeição à contraproposta da empresa, o repúdio ao governo e à postura da FUP que enrola a categoria e assume seu lado governista ao defender uma proposta rebaixada de José Eduardo Dutra e Lula.

A empresa, ao romper as negociações, deixa claro que não irá ceder sem luta e coloca os compromissos com o FMI acima das necessidades da categoria. É assim também com bancários, Correios e metalúrgicos.

A FUP, por sua vez, já demonstrou que não está à altura de conduzir essa campanha, pois desde o início vem tendo uma postura governista, colaborando com a enrolação da empresa. Por isto, as assembléias devem rejeitar a proposta da empresa, aprovar a manutenção de nossa pauta de reivindicações votada no Congresso da Federação Única dos Petroleiros e seguir o caminho do BB e da CEF: preparar a greve da categoria. É a única linguagem que os defensores do superávit primário irão entender.

Post author Willian Côrbo,
de Duque de Caxias (RJ)
Publication Date