Os petroleiros tiveram importantes vitórias nas últimas semanas. A primeira foi a suspensão da “repactuação” da Petrobras, que atacava a previdência dos trabalhadores. A medida foi derrotada depois dos baixíssimos índices de adesão. A segunda foi o resultado do plebiscito sobre a filiação do sindicato do Rio de Janeiro à FUP (Federação Única dos Petroleiros).

A FUP tentou reverter sua derrota na repactuação, fraudando o resultado e afirmando que a maioria optou por ela. Porém, se retirarmos os 5 mil chefes, supervisores e gerentes, veremos que o índice de adesão cai para menos de 50%.

Sem dúvida, uma vitória impressionante dos petroleiros e da nova direção que está surgindo, a Frente Nacional dos Petroleiros (FNP). Principalmente se levarmos em conta que tiveram que se enfrentar com o governo Lula, em alta nas pesquisas, com a endinheirada direção da Petrobras e com a traidora direção da FUP.

Mesmo com a explícita demonstração da base, a FUP insiste na repactuação. Agora estão implorando à Petrobras para que mantenha a medida.

Sindicatos se desfiliam da FUP
Vários sindicatos iniciaram o processo de desfiliação da FUP. Os primeiros foram os sindicatos de Alagoas e Sergipe, além de São José, que já realizaram assembléias em suas bases e aprovaram a desfiliação por ampla maioria. Em São José dos Campos, 163 petroleiros votaram pela desfiliação, com apenas 16 votos contrários. Em Alagoas e Sergipe, 318 votaram pela desfiliação, 24 votaram contra e 24 se abstiveram. Contando com os 23 votos defendendo “seguir o debate”, temos 81% dos votos pela desfiliação.

O sindicato do Rio de Janeiro, depois de um amplo debate na base através das páginas do jornal do sindicato, realizou um plesbicito entre os dias 12 e 14 de setembro. Cerca de 62% votaram pela desfiliação, e apenas 38% foram contrários. A FUP disputou o processo distribuindo materiais, indo à porta da empresa, e agora não quer aceitar o resultado.

Os sindicatos do Pará, Amazonas, Amapá e Maranhão e Caxias já suspenderam o pagamento à FUP até outubro, quando devem votar a desfiliação. Já o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista deve realizar uma assembléia no dia 21 de setembro para decidir sobre o tema.

Frente impulsiona campanha Salarial
Na primeira reunião da FNP com a empresa, ela disse “não” a todas as reivindicações, afirmando que somente vai discutir o índice salarial, pois o acordo
de 2005 teria validade de dois anos. Os dirigentes da FNP explicaram que o acordo não impede novas negociações. De qualquer maneira, o importante é apostar na mobilização para arrancar as reivindicações da empresa. A FNP votou o seguinte calendário:

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