Redação

O golpe desfechado pelos militares pretendia livrar o país da “baderna”, da “corrupção” e do “comunismo”. Por isso o chamaram de Revolução Democrática (ou Redentora). Em 9 de abril, anunciaram o primeiro Ato Institucional (AI-1). Com o AI-5, no governo do general Costa e Silva (1967-69), foi revelada a face mais truculenta dessa ditadura. O Congresso foi fechado; direitos civis e políticos, inclusive o habeas corpus, foram suspensos. Centenas de lideranças da esquerda foram presas e torturadas. Boa parte da esquerda foi para a luta armada. Em 1969, as ações de guerrilha urbana compunham o cenário das principais cidades brasileiras. A repressão criou órgãos de inteligência, além de centros de tortura e terrorismo de Estado.

O principal partido da esquerda, o PCB, sofreu cisões que inauguraram a era das organizações vanguardistas no Brasil.

No governo do general Emílio Médici (1969-74), lideranças da esquerda foram torturadas e mortas. Foram os chamados “Anos de Chumbo”, com repressão violenta à Guerrilha do Araguaia, organizada pelo PCdoB. No governo seguinte, o do general Ernesto Geisel (1974-79), o Regime já vinha enfraquecendo-se com o fim do “Milagre Brasileiro”. Os militares procuraram articular, então, uma transição sem riscos, que se consolidou com o general João Figueiredo (1979-1985) que viu voltar à cena os movimentos sociais e a classe trabalhadora.

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