Ação do PSDB e da polícia é motivo de rechaço no mundo inteiroEmbora a imprensa brasileira já esteja tentando colocar um fim ao assunto Pinheirinho, um massacre desse porte não é fácil de se esquecer. A barbárie foi tamanha que repercutiu em todo o mundo, gerando solidariedade internacional. Abaixo, reproduzimos algumas manifestações de rechaço à ação assassina promovida pela polícia do governo de Geraldo Alckmin. Veja, também, os atos de protesto que já aconteceram e as que estão sendo programadas no exterior.

Alemanha
Argentina
Chile
Costa Rica
Espanha
Estados Unidos
Haiti
Inglaterra
Itália
Japão
Paraguai
Portugal
Rússia
Ucrânia

ALEMANHA

ATO – Embaixada Brasileira na Alemanha – Solidariedade ao #Pinheirinho
Na tarde do dia 25 de janeiro de 2012, por volta das 15hs, cerca de 40 pessoas – brasileiros, alemães e outros – estiveram presentes em frente a Embaixada do Brasil na Alemanha, localizada na cidade de Berlim, para registrar um Ato de #APOIO a comunidade do #PINHEIRINHO, e protestar sobre a maneira truculenta como o Governo do Estado de São Paulo, juntamente com a Justiça Estadual estão conduzindo desastrosamente o caso.

A proposta do ato surgiu na segunda-feira, dia 23 de janeiro, quando eu e a Sandra Belo (Conselho de Brasileiros em Berlim), junto a Sandra Mesquita estivemos presentes no tradicional Portão de Brandenburgo (Brandenburg Tor), na cidade de Berlim, a fim de fazer um ato para informar a comunidade internacional sobre as atrocidades do Governo de São Paulo, com um silêncio “ruidoso” do Governo Federal. Foi-se proposto então, a realização de novo ato em frente a Embaixada.

Infelizmente, o embaixador não estava presente no momento já que a Embaixada funciona das 08hs às 12hs. De qualquer maneira, foi-se discutido um pouco entre os presentes a atual situação do Pinheirinho, a descalamidade com a qual se está tratando a população e quais outras possível intervenções, ações que a comunidade brasileira e alemã pode tomar para colaborar com a antiga ocupação.

Está marcado um novo ato para a próxima terça-feira, dia 31, na mesma Embaixada, a partir das 14hs para discutir a situação do Pinheirinho e outras questões.

Houve ainda publicação do ato em revista eletrônica que trata sobre a cultura e questões relacionadas ao mundo da língua portuguesa em Berlim. Confiram: http://www.berlinda.org/Olhares/Olhares/Eintrage/2012/1/26_Somos_todos_Pinheirinho_-_Solidariedade_em_Berlim.html

É isso. Solidariedade e resistência a Comunidade do Pinheirinho.

Rodrigo Ciríaco.

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Carta de Ulle Jelpke, deputada do Parlamento Alemão em Berlim

Ao Prefeito de São José dos Campos, São Paulo
Eduardo Cury

18 de janeiro de 2012

Não à Reintegração com Despejo Forçado do Pinheirinho!

Prezado Senhor Prefeito,

Tal como veio ter ao meu conhecimento, a comunidade do Pinheirinho que proporciona, entrementes, a muitos seres humanos sem-teto um local para morar, está sendo ameaçada de violento despejo. Caso sejam desalojadas das casas e moradias que por sua própria iniciativa construíram, aquelas centenas de famílias seriam novamente forçadas a se tornarem desamparadas.

Como Prefeito de São José dos Campos, o Sr. é responsável pela promoção do bem-estar de todos os moradores e não apenas pela bonança de especuladores e latifundiários singulares. Os moradores do Pinheirinho construíram, de modo exemplar e de maneira autossuficiente, espaços habitacionais, dotados de dignidade humana.

Esse procedimento deveria ser fomentado, por parte do Estado, e não obstaculizado, por meio de sua criminalização.

Portanto, conclamo o Sr. a impedir o ameaçador despejo forçado e empenhar-se na legalização da ocupação fundiária do Pinheirinho.

Moradia com dignidade humana é um Direito Fundamental, porém não existe nenhum Direito à especulação imobiliária!

Reiterando protestos de consideração,

Ulle Jelpke
Deputada do Parlamento Alemão em Berlim


ARGENTINA

Um ato com cerca de 35 companheiros foi realizado na embaixada brasileira em Buenos Aires. Uma delegação de três pessoas foi recebida por um secretário do corpo diplomático e entregou a nota abaixo.

Senhores
Secretaria Geral da Presidência da República
Sr. Governador de São Paulo
Geraldo Alckmin
Sr. Prefeito de São José dos Campos
Eduardo Cury
Juíza
Márcia Faria M. Loureiro

Dirigentes sindicais e políticos da Argentina
Em defesa dos habitantes do Pinheirinho

Não ao despejo

Nós, abaixo assinados, nos solidarizamos com a luta dos moradores do assentamento do Pinheirinho, que estão lá há oito anos, e apoiamos sua reivindicação ao governo municipal de São José dos Campos e ao governo federal do Brasil para que cessem a repressão e perseguições judiciais e regularizem legalmente a legítima posse de lotes e moradias.

Roberto Pianelli – Secretário Geral, AGTSyP (Asociación Gremial Trabajadores del Subte y Premetro)
Néstor Segovia – Secretário adjunto, AGTSyP
Ledesma A. F. – Delegado, AGTSyP
Batallán S. – Secretariado CTA Nacional (Central de Trabajadores Argentinos)
César Palácio – AGTSyP
Pablo Bagnasco Delegado – AGTSyP
Juan Manuel Otero Delegado – AGTSyP
Cristian F. Duarte – Delegado Unión Ferroviaria (Cuerpo de delegados Ramal Sarmiento)
Alicia Navarro – Secretaria ddhh ADEMYS (Asociación Docentes Enseñanza Medio y Superior)
Guillermo Galceroni – Secretariado CTA, Buenos Aires
Vilma Ripoll – MST Proyecto Sur
Christian Castillo – PTS
Marcelo Ramal – PO
Martín Ogando – Juventud Rebelde
Roberto Florentín – Socialismo Libertario
Carolina Fernández – UJS PO
Mariano Manso – Izquierda Socialista
Fernada Capurro Convergencia Socialista
Víctor Quiroga – PSTU Argentina
Miguel Araujo – MTL Rebelde
Erica Pereyra – Encuentro Popular Estudiantil


CHILE

Carta à senhora Dilma Rousseff, Presidente da República Federativa de Brasil, sobre repressão aos moradores de Pinheirinho

Senhora Dilma Rousseff
Presidente da República Federativa do Brasil

Nós, integrantes de “Defensoria Popular”, organismo dedicado à defesa dos Direitos Humanos, fomos informados com estupor da grave e desmedida repressão que tem exercido a Polícia Militarizada a duas mil famílias que somam um total de nove mil pessoas, habitantes de um terreno ocupado em Pinheirinho, São José dos Campos. Segundo a informação proporcionada pelos envolvidos, os fatos significaram dezena de feridos e outros lesionados entre eles o colega defensor dos moradores advogado Antonio Ferreira (Toninho).

Do Chile, este grupo de profissionais defensores dos direitos, não podemos mais que repudiar semelhante ação, pois “não pode existir propriedade material, que tenha mais valor que a vida mesma”. Neste marco é que estamos convencidos que um governo que se diz democrático, tem a obrigação de realizar uma profunda investigação dos fatos e exigir o castigo aos responsáveis por tão aberrantes atos.

Hugo Catalão Flores, Presidente ONG Defensoria Popular
María Magdalena Rivera I, Coordenadora Defensoria Popular
Sergio Marabolí Flores, Assistente advogados Def. Popular
Rodrigo Román Andoñe, Advogado Defensoria Popular
Eduardo Lavín López, Advogado Defensoria Popular
Washington Lizana Ormazábal, Advogado Defensoria Popular
José Luis Correia, Advogado Defensoria Popular

Santiago de Chile, 31 de janeiro de 2012

Defensoria Popular


COSTA RICA

San José, Costa Rica,lunes, 23 de enero 2012

Señora
Dilma Rousseff
Presidenta de Brasil

Las y los abajo firmantes, dirigentes sindicales, populares y estudiantiles de Costa Rica, manifestamos nuestro enérgico repudio frente a la invasión militar y la masacre que enfrenta el pueblo de Pinheirinho (São José dos Campos, Brasil).

Este pueblo, representa la lucha que los pueblos de América Latina y el mundo damos por el acceso a la tierra y el techo dignos. Por ello, las acciones presentadas este 22 de enero contra estas familias son detestables, son propias de un gobierno autoritario, que reprime al pueblo trabajador y desposeído.

Es urgente que se frene y castigue a las autoridades responsables de este ataque brutal, que se realiza violentando una orden de la justicia federal. El gobierno federal debe implementar medidas concretas en favor de la comunidad de Pinheirinho y detener la represión. Está claro que los responsables por este operativo de guerra contra Pinheirinho, al servicio del lucro de los especuladores inmobiliarios son los gobiernos estadual y municipal del PSDB (Alckmin y Eduardo Cury, respectivamente) y la jueza Márcia Loureiro. Exigimos a su gobierno que tome cartas en el asunto e implemente medidas concretas en favor de Pinheirinho y contra esta represión ilegal.

Denunciamos a viva voz el ataque inadmisible que sufre esta comunidad, y reafirmamos nuestra solidaridad absoluta con las familias trabajadoras y la lucha de Pinheirinho.

Carlos José Cabezas Mora
Secretario general Central General de las y los Trabajadores (CGT)
David Morera Herrera
Secretario general adjunto CGT
Víctor Solano Gutiérrez
Secretario de organización CGT
Antonieta Villalobos Rodríguez
Secretaria de la mujer CGT
Mario Rodríguez Bonilla
Secretario general adjunto Sindicato Acueductos y Alcantarillados (SITRAA) y secretario de prensa y divulgación CGT
Gilberth Ríos Ortega
Secretario de finanzas CGT y Secretario General Adjunto Asociación Nacional Técnicos en Telecomunicaciones y Afines (ANTTEA)
Adrián Jaén España
Promotor CGT
Kemly Vega
Promotora SITRAA
Carlos Gómez Ramos
Secretario gen. Sindicato de Salud y Seguridad Social (SISSS)
Franklin Quesada Campos
Secretario de finanzas SISSS
Orlando Soto
Secretario de cultura y deportes SISSS
Manuel Sandoval Coto
Directiva nacional Asociación Profesores-as Segunda Enseñanza (APSE)
Sandra López Alvarado
Movimiento de Acción Popular Urbana (MAPU)
Rosemary Gómez Ulate
Secretaria General Sindicato Empleados-as Universidad Costa Rica (SINDEU)
Julio Moya
Secretario de organización César Villegas Herrera
Secretario asuntos docentes SINDEU
Lidia Cambronero
Secretaria de la mujer SINDEU
Inger Guerrero
Secretaria de conflictos I SINDEU
Manuel Ulate Torres
Secretario de conflictos II SINDEU
Roberto Víquez Murillo
Secretario sedes regionales SINDEU
Octavio Carrillo Mena
Directivo Junta de Pensiones y Jubilaciones del Magisterio Nacional (JUPEMA)
Patricia Ramos Con
Abogada laboralista y especialista en acoso sexual del Centro de Investigaciones y Estudios de la Mujer (CIEM)
Heydi Ulate, Areádnes Gutiérrez y Zoe Jaen
Federación de Estudiantes de Secundaria (FES)
Jean Pierre Moreno Urbina
Suplente Directorio FEUCR, Coordinador de la Comisión de Asuntos Nacionales
José Antonio Mora
Suplente Directorio FEUCR, Comisión de Asuntos Nacionales
Yury Alfaro Arias
Vicepresidenta de la Federación de Estudiantes de la Universidad de Costa Rica FEUCR
Cesar Alarcon Abarca
Secretaria de Administración y Finanzas de la Federación de Estudiantes de la Universidad de Costa Rica FEUCR
Andrea Guadamuz
Asociación de Estudiantes de Trabajo Social
Adriana Jiménez
Representante ante el Consejo de Ciencias Sociales de la Asociación de Estudiantes de Trabajo Social (AETS)
Vanessa Brenes y Carlos Granados
Integrantes Juventud Revolucionaria (JR) Sede regional de Limón UCR
Karen Barrantes, por Comité Central
Partido Revolucionario de las y los Trabajadores (PRT)
Daniel Moraga, Mariela Chinchilla y Diego Solís
Coordinación Juventud Revolucionaria del PRT


ESPANHA

Na manhã de 24 de janeiro, uma delegação entregou uma nota na Embaixada do Brasil em Madri. Foram recebidos pelo conselheiro da Embaixada, Luis Fernando de Carvalho, que se comprometeu a enviar o documento ao governo brasileiro. A organização espanhola Corriente Roja elaborou um dossiê e está recolhendo assinaturas de organizações e de personalidade em apoio ao Pinheirinho.

  • Leia o dossiê [em espanhol]

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    Madri: Manifestação de solidariedade ao Pinheirinho

    Nós, brasileirxs residentes em Madrid, convocamos a todxs a uma concentraçao em frente à Embaixada do Brasil em Madrid (Calle Fernando El Santo, nº 6, metro Alonso Martinez), na próxima sexta-feira, dia 27 de janeiro, às 15h para manifestar nosso repúdio à violenta invasão policial promovida pelo Governo do Estado de São Paulo e Prefeitura de Sao José dos Campos na Comunidade de Pinheirinhos, onde viviam quase 2.000 famílias e mais de 9.000 pessoas.
    Explicitamos também nossa indignação diante da crescente violência do Governo frente à sociedade civil em apoio a vergonhosa especulação imobiliária que faz do Estado um mero defensor dos interesses privados.
    Pinheirinhos não é um caso isolado, no Brasil estão acontecendo outras ações de repressão policial aos movimentos sociais, por isso nos solidarizamos também com os movimentos GOTA D’AGUA, DESOCUPA SALVADOR, OCUPA RIO, etc., pois entendemos que tais movimentos simbolizam a conscientização popular na defesa da cidadania.
    Traga un saco de plástico de lixo (vazio) nas cores verde, amarelo ou preto para manifestar conosco a sua indignação!

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    Carta do Vereador Dom David Pérez Ramos da Prefeitura de Tocina- Los Rosales do grupo político Iniciativa Cidadã pela transparência (Sevilha. Espanha)

    Em defesa dos moradores de Pinheirinho
    Não a Desocupação

    À atenção de:
    Secretaria Geral da Presidência da República
    Sr. Governador de SP Geraldo Alckmin
    Sr. Prefeito de SJC Eduardo Cury
    Juíza Márcia Faria M. Loureiro

    Diante da alarmante situação criada pela forte presença policial e a ordem judicial de desocupação do acampamento de Pinheirinho (São José dos Campos), queremos, em primeiro lugar, manifestar desde a Secretaria da Prefeitura de Tocina- Los Rosales nossa inteira solidariedade com os moradores de Pinheirinho

    Repudiamos a decisão da juíza Márcia Faria Mathey Loureiro e a intimidação policial a esta população de mais de 7.000 pessoas.

    Se os moradores resolvem resistir, com justa razão, a desocupação, a decisão adotada pela juíza e a forte presença policial só faz pressagiar um banho de sangue.
    Esta atitude, injustificável em qualquer caso, é mais inaceitável ainda quando existia um acordo praticamente fechado para a regularização da área e o assentamento dos moradores nesse terreno. Um acordo que envolvia aos governos Federal e Estadual.

    Por tudo isso, como vereador da Prefeitura de Tocina-Los Rosales, exijo ao Governo do Sr. Alckim, responsável pela segurança pública do Estado de São Paulo, que não autorize a desocupação evitando deste modo uma tragédia.

    11 de Janeiro de 2012

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    Julia Mirón García- Galiza

    Diante da situação de conflito que ameaça a vida e integridade física dos moradores do Acampamento de Pinheirinho declaramos que:

    • as diferentes autoridades políticas e judiciais devem garantir a vida e a integridade física da cada um dos habitantes do acampamento;

    • que as autoridades judiciais e a juíza Márcia Faria Mathey Loureiro revisem sua decisão de desocupação e a cancelem;

    • que autoridades judiciais e políticas entrem em coordenação para a regularização dos terrenos ocupados como já foi manifestado pelas autoridades nacionais. Privilegiando assim a guarda dos direitos humanos e de moradia para os mais pobres no país.

    Finalmente saudamos aos habitantes do Acampamento de Pinheirinho, em São José dos Campos, e manifestamos nossa solidariedade com vocês.

    Atenciosamente.

    Julia Miron


    ESTADOS UNIDOS

    O Movimento Occupy WS deu sua solidariedade ao Pinheirinho em seu facebook, onde afirma que ainda há muito por fazer para melhorar este mundo e que uma ação do governo federal brasileiro pode fazer com que os habitantes permaneçam no lugar. Leia a seguir a mensagem completa, e notas de solidariedade de personalidades e organizações de várias partes do mundo.

    Occupy Wall Street

    A dominação de nossas vidas pela elite financeira ultrapassa, em muito, Wall Street em Nova York e K Street, em Washington DC, onde os 1% lucram, enquanto as pessoas perdem suas casas e os lobistas das corporações preparam suas agendas para possibilitar tudo isso.

    Ela opera pelas pequenas favelas em Brasil. A falta de moradia e dificuldades econômicas empurram aos mais pobres para essas favelas, longe das regiões centrais, onde vivem cerca de 6% da população do país.

    Hoje 7 pessoas não vivem mais nas favelas do Brasil. Elas foram mortas durante a violenta desocupação do Pinheirinho pelas mãos da polícia militar, ao cumprir uma ordem judicial para recuperar esse terreno. Os primeiros moradores do Pinheirinho ocuparam terras abandonadas de um especulador financeiro, que deve R$15 milhões (cerca de US$ 9 milhões) em impostos ao município de São José dos Campos. Há 9.000 residentes no Pinheirinho preparados para resistir à desocupação.

    A história do Pinheirinho é inspiradora e não é fácil encontrar uma tradução ao inglês. Sua resistência poderia colocar a necessária pressão sobre o governo federal do Brasil, para que eles possam ficar em suas casas.

    Ajude a propagar o que acontece, busque #Pinheirinho no twitter e ajude a criar alternativas que vão desafiar e melhorar este mundo. Temos muito trabalho por fazer.

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    Carta do United Steelworkers, sindicato dos trabalhadores da mineração

    30 de Janeiro de 2012
    Exmo. Sr.
    Geraldo Alckmin
    Governador do Estado de São Paulo
    [email protected]

    Exmo. Sr. Governador Alckmin,
    Estamos escrevendo para juntar nossas vozes àqueles que já protestam contra as ações grosseiras das forças armadas estaduais de segurança contra civis desarmados na comunidade de Pinheirinho. Seu único crime foi a busca de uma solução para sua pobreza e falta de moradias pela ocupação de uma propriedade falida, pertencente a um grande especulador imobiliário, Naji Nahas.

    A ocupação foi legalizada. Trabalhadores e trabalhadoras deram lares para suas famílias. Durante os oito anos passados, Pinheirinho tornou-se uma comunidade viável e diversificada com 9.000 residentes.

    Ainda, recentemente a Sra. Juíza Márcia Faria M. Loureiro tomou uma decisão que tenta voltar no tempo. Sua decisão foi reforçada por um ataque em 5 de janeiro, lançando uma maior ação policial e a violenta expulsão dos residentes de Pinheirinho.

    Estamos em total solidariedade com os habitantes da comunidade de Pinheirinho. Pedimos aos responsáveis estaduais e municipais que respeitem o direito à moradia e que sigam as leis que legalizam a permanente ocupação de Pinheirinho. Repudiamos às grosseiras ações das forças armadas estaduais de segurança contra civis desarmados.

    Cordialmente,

    Leo W. Gerard
    Presidente Presidente Internacional

    Ken Neumann
    Diretor Nacional para o Canadá


    HAITI

    Comunicado de Batay Ouvriye

    Recebemos do Brasil notícias de uma das mais criminosas desocupações que se está sendo efetuada contra os habitantes de Pinheirinho, São José dos Campos, a 97 quilômetros de São Paulo.

    O companheiro Marron, principal responsável por esta comunidade, foi um dos integrantes da primeira e grande delegação da Conlutas que nos visitou no Haiti, denunciando abertamente a ocupação de nosso país e Toninho, atual advogado da comunidade e recentemente ferido como o poderão ler mais abaixo, eram dos responsáveis mais conscientes desta delegação.

    Pedimos a todas as organizações operárias, de trabalhadores de toda categoria e de todo tipo, movimentos sociais, de direitos humanos e de progressistas do mundo inteiro, participar ativamente na denúncia que se está dando frente a este ataque criminoso da polícia municipal dos latifundiários e seu governo reacionário.

    A denúncia pode ser feita aos governos da cada país latino-americano onde se situa a organização que se expressa, enquanto se mande também carta de repúdio aos seguintes responsáveis brasileiros:

    Secretária Geral da Presidência da República: [email protected]
    Governador de SP: Geraldo Alckmin [email protected]
    Prefeito de SJC Eduardo Cury: [email protected]
    Juíza Márcia Faria M. Loureiro: [email protected]
    Cc para [email protected]

    Batay Ouvriye


    INGLATERRA

    Solidariedade a Pinheirinho

    Pinheirinho é um assentamento urbano em terreno abandonado na periferia pobre de São José dos Campos, São Paulo, que abriga a mais de 2.000 famílias sem teto desde 2004. Os moradores construíram casas, igrejas e escolas, e o assentamento cresceu e converteu-se no maior de seu tipo no Estado.

    Na madrugada de 22 de janeiro, a Polícia Militar realizou a desocupação do Pinheirinho à força, em uma enorme operação onde foram usados tanques, helicópteros, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, e mais de 2.000 polícias de 33 municípios diferentes.

    A operação realizou-se apesar de uma decisão do Tribunal Federal para o cancelamento imediata da ação. O juiz Rodrigo Capez, do Estado de São Paulo, autoridade judicial, acompanhou pessoalmente a operação policial, e com pleno conhecimento da decisão federal, manteve o procedimento de desocupação.

    Em defesa do que foi seu lar durante os últimos oito anos, os moradores de Pinheirinho construíram barricadas e escudos improvisados para defender a sua comunidade contra a desocupação. A escalada de violência da operação policial provocou uma onda de protestos em todo o país.

    Relatórios preliminares sugerem que, pelo menos, sete pessoas morreram e muitos mais estão feridos em confrontos com a polícia.

    Apesar de uma economia em expansão no Brasil, o país ainda sofre de um déficit habitacional crônico; números recentes do governo indicam que a população vivendo em favelas é de 11.5 milhões, em comparação com 4.5 milhões a 20 anos atrás. Apesar disso, o governo do Estado manteve a recuperação forçada de terras abandonadas, pertencentes a uma empresa que faliu e que permaneceram vazias durante décadas antes de sua ocupação em 2004.

    Esta não é a primeira desocupação violenta na história recente do Brasil. Em abril de 1996, 22 trabalhadores sem terra perderam a vida em Eldorado de Carajás e, em 2005 dezenas de pessoas morreram em confrontos com a Polícia Militar durante uma desocupação em Goiânia.

    Nós, abaixo-assinados, repudiamos a desocupação ilegal dos moradores de Pinheirinho e exaltamos ao governo federal a intervir imediatamente, para evitar qualquer brutalidade policial adicional e perdas de vida.

    Apoiamos incondicionalmente o direito dos moradores de Pinheirinho a permanecerem em suas terras e condenamos quaisquer outras intenções para remover pela força aos moradores uma vez que ali instalaram suas moradias e sua comunidade ao longo dos últimos oito anos.

    Lucas Durigan, Diretor de Campanhas de Educação – Sindicato de Trabalhadores de Universidades e Faculdades de Londres

    Maev McDaid – Associação de Estudantes de Liverpool.


    ITÁLIA

    Solidariedade aos ocupantes do Pinheirinho (Brasil) sitiados pela polícia militar

    A comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos no Brasil, deu vida à maior ocupação urbana da América Latina: a resposta do governo foi o ataque militar. As tropas de assalto da Polícia Militar (PM), sob comando do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, invadiram armados a comunidade na qual vivem quase duas mil famílias e mais de nove mil pessoas, das quais 2.600 são crianças.

    Trata-se, de fato, de um verdadeiro ato de guerra contra famílias de trabalhadores e trabalhadoras que não tem casa. É uma desocupação que serve aos interesses especulativos das grandes empresas imobiliárias.

    Domingo, 22 de janeiro, às 6 horas da manhã, cerca de dois mil membros das tropas de assalto da polícia militar, provenientes dos municípios vizinhos, atacaram a comunidade com helicópteros, bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e até com armas de fogo. Do alto, a polícia militar lança gás contra a população, contra os habitantes da comunidade, contra trabalhadores que reivindicam apenas um lugar digno para viver.

    Com a comunidade sitiada, ninguém sai nem entra, não temos ainda dados precisos sobre o número de detidos, feridos ou mortos. Seguem as manifestações em solidariedade à comunidade, organizadas pelas entidades sindicais (como a CSP-Conlutas) e políticas.

    Até o advogado dos habitantes da comunidade foi atingido por uma bala de borracha nas costas quando se aproximou para falar com a polícia.

    (…)

    Manifestamos a nossa plena solidariedade aos ocupantes do Pinheirinho, condenamos o brutal ataque desferido pelas tropas governamentais aos ocupantes, defendemos o direito à autodefesa contra a repressão.

    Primeiras assinaturas da Itália:

    Moustapha Wagne – Membro da Secretaria do Comitê de Imigrantes
    Tahar Sellami – Membro da Secretaria do Comitê de Imigrantes
    Fernando Ialà – Coordenação Migrantes de Verona
    Patrizia Cammarata – Cub (Confederação Unitária de Base) de Vicenza, Rsu (Representante Sindical Unitário) do município de Vicenza
    Maria Teresa Turetta – Cub de Vicenza, Rsu do município de Vicenza
    Emanuele Pezzi – Operário da empresa Marcegaglia, Cub
    Fabiana Stefanoni – Professora precaria, Cub de Modena
    Fabrizio Portaluri – Operário da Pirelli, direção nacional da Allca (Associação das Trabalhadoras e Trabalhadores Químicos e Afins)-Cub
    Elvis Fischetti – Operário da Fiat, Rsu da Fiom (Federação dos Empregados Operários Metalúrgicos) da Ferrari, Modena
    Paolo Ventrella – Operário da Fiat, Rsu da Fiom da Ferrari, Modena
    Cosimo Scarinzi – Coordenação Nacional da Cub, Itália
    Francesco Carbonara – Fiom-Cgil (Confederação Geral Italiana do Trabalho), direção da OM de Bari
    Stefano Bonomi – Trabalhador da cooperativa, Cub de Bergamo
    Rsu Fiom Ferrari – Maranello, Modena
    Massimiliano Dancelli – Fiom-Cgil
    Riccardo Bocchese – Rsu municipal de Malo, Cub de Vicenza
    Raffaele Zenere – Delegado de Provincia, Cub de Vicenza
    Adriano Lotito – União dos Estudantes Barletta-Andria-Trani
    Laura Sguazzabia – Professora precária, Cub
    Angelo Frigoli – Enfermeira, Cub, Rsu do Hospital de Cremona
    Alberto Madoglio – Empregado, Direção Fisac Cgil, Cremona
    Nicola Porfido – Fórum Energia e Território Beni dos Municípios de Puglia
    Mirko Seniga – Operário, Cub de Cremona
    Giovanni Pierri – Funcionário público, Salerno
    Domenico De Feo – Operário ferroviário, Salerno
    Daniele Cortinovis – Operário, Bergamo


    JAPÃO

    Comunicado de Doro-Chiba

    Nós estamos lhes escrevendo em nome do “Doro-Chiba” (Sindicato Nacional do Setor Ferroviário de Chiba), que vem lutando contra os planos neoliberais no Japão e temos desenvolvido solidariedade com os movimentos sindicais brasileiros, incluindo à CSP-Conlutas.

    Em primeiro lugar, queremos protestar, de forma veemente, contra a recente operação policial e intimidação contra os pacíficos moradores da Comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, sob alegações injustas.

    Fomos informados do fato que estas ações foram implementadas para garantir a recuperação de posse de um terreno para especuladores imobiliários falidos e que esta decisão foi feita pela juíza Márcia Faria M. Loureiro.

    Partindo da defesa incondicional do direito dos moradores da Comunidade do Pinheirinho de viver em paz, exigimos que a juíza Márcia Faria M. Loureiro retroceda em sua decisão e siga o exemplo de algumas das agências do governo nacional que se declararam a favor da ocupação (como o Assessor da Secretaria da Presidência da República, Wlamir Martines, que condenou a possível desocupação da área).

    O Douro-Chiba, como uma entidade sindical, que está trabalhando pela defesa dos empregos e condições de vida do povo trabalhador, estamos seriamente preocupados pelas vidas dos moradores de Pinheirinho e solicitamos, veementemente, aos órgãos envolvidos para evitar uma tragédia para estas pessoas.

    Novamente, reafirmamos nosso apoio aos moradores da Comunidade do Pinheirinho e que estaremos lutando juntamente com vocês contra qualquer tipo de injustiça ou exclusão de direitos humanos.

    Recordamos claramente a visita de nossa delegação à Comunidade do Pinheirinho, em junho de 2010, por convite da CSP-Conlutas, quando os moradores nos receberam e nos impressionaram com seu corajoso modo de vida.

    Estaremos acompanhando atenciosamente os acontecimentos do Pinheirinho, com nossos corações sempre unidos ao povo de lá.

    13 de janeiro de 2012

    Presidente do Sindicato Nacional do Setor Ferroviário de Chiba
    TANAKA Yasuhiro (E. Tanaka)
    [email protected]


    PARAGUAI

    Frente à situação de conflito que ameaça a vida e integridade física dos habitantes do Acampamento de Pinheirinho declaramos que:

    • as diferentes autoridades políticas e judiciais devem garantir a vida e a integridade física da cada um dos habitantes do acampamento;
    • que as autoridades judiciais e a juíza Márcia Faria Mathey Loureiro revisem sua decisão de desocupação e a cancelem;
    • que autoridades judiciais e políticas entrem em coordenação para a regularização dos terrenos ocupados como já foi manifestado pelas autoridades nacionais, privilegiando assim a guarda dos direitos humanos e o de moradia para os mais pobres em o país.

    Finalmente saudamos aos habitantes do Acampamento de Pinheirinho, em São José dos Campos, e manifestamos nossa solidariedade com vocês.

    Atenciosamente,

    1. Julio Lopez – Presidente da Confederação da Classe Trabalhadora (CCT)
    2. Andrea Morinigo – Sindicato de Jornalistas do Paraguai (SPP)
    3. José do Vale – Partido dos Trabalhadores (PT) Paraguai
    4. Eduardo Arce – Sindicato de Jornalistas do Paraguai (SPP)
    5. Enrique Troncoso – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)
    6. Belen Cantero – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)
    7. Marcial Cantero – Secretário Geral SITRACIPAE – Paraguai
    8. Cynthia Fernandez – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)
    9. Amanda Sanabria – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)
    10. Arnaldo Mendoza – Organização Zonal de Agricultores Ecológicos (OZAE) Paraguai
    11. Manuel Medina- Coordenação Regional de Agricultores de Itapua (CRAI) Paraguai
    12. Miguel Miranda – Associação de Agricultores de Alto Paraná (ASAGRAPA) Paraguai
    13. David Romero – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)
    14. Delio Gimenez – Associação de Agricultores de Alto Paraná (ASAGRAPA) Paraguai
    15. Branca Roa – Sindicato Técnicos Florestais do Paraguai (STFP)
    16. Arturo Grande – Sindicato de Servidores públicos e Educadores Populares da Sec. Nac da Infância e a Adolescência (SIFEPOSNNA) Paraguai
    17. Rolando Maidana – Sindicato de Graduados do Porto (SIGRAPORT) Paraguai
    18. Alma Britez – Sindicato de Servidores públicos e Educadores Populares da Sec. Nac da Infância e a Adolescência (SIFEPOSNNA) Paraguai
    19. Glória Bareiro – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)
    20. Ramona Torres – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)
    21. Tania Godoy – Sindicato Cipae (SITRACIPAE) – Paraguai
    22. Sofia Romero – Partido dos Trabalhadores – Paraguai (PT)


    PORTUGAL

    Repudiamos a desocupação de Pinheirinho e a violência contra a sua população

    Exma. Sra. Presidente Dilma Rousseff
    Exmo. Sr. Cônsul-Geral do Brasil em Portugal, Embaixador Renan Paes Barreto

    Foi com pesar que tomamos conhecimento da violenta desocupação, ocorrida a 22 de Janeiro, de um bairro de São José dos Campos (São Paulo), conhecido por Pinheirinho, onde viviam cerca de 2 mil famílias. Helicópteros, blindados e mais de 2 mil polícias investiram contra uma população pobre que não tem para onde ir, nem como se defender. O secretário-geral da Presidência da República, ouvido pelo jornal Folha de São Paulo, descreveu Pinheirinho no dia da desocupação como uma “praça de guerra”.

    Quando milhares de sem-teto ocuparam Pinheirinho, há oito anos, fizeram-no num terreno vazio e ali construíram casas, oficinas, lojas comerciais e igrejas, um verdadeiro bairro dentro de São José dos Campos. O terreno pertence à massa falida da empresa Selecta Indústria e Comércio, do investidor Naji Nahas, cujas polêmicas operações financeiras já provocaram a sua condenação pela Justiça brasileira a 24 anos de prisão.

    Revoltam-nos que a Justiça do Estado de São Paulo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, tenham permitido o uso de violência contra homens, mulheres e crianças para forçar uma reintegração de posse injusta e a contrariar uma prévia liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal a exigir a sua suspensão e um processo de regularização do terreno apoiado pelo Governo Federal.

    Nós abaixo-assinados manifestamos a nossa indignação diante de métodos que contrariam os mais elementares direitos humanos, entre os quais o direito à moradia. Estamos solidários com a população de Pinheirinho e apoiamos o movimento que no Brasil e em outros países está a desenvolver-se para que uma solução digna seja encontrada para estas famílias.

    Pedimos ao Governo Federal, em especial à Presidente Dilma Rousseff, que devolva o terreno às famílias que nos últimos oito anos nele construíram um bairro e uma vida!

    Lisboa, 24 de Janeiro de 2011

    Assinam:
    João Pascoal – Coordenador Comissão Trabalhadores Banco Santander Totta
    Teresa Alpuim – Direção do SNESUP
    Carlos Viana – Presidente da Casa do Brasil (Lisboa)
    António Louç㠖 Comissão de Trabalhadores da RTP
    Daniel Oliveira – Comentador Político
    Elsa Sertório – Comitê de Solidariedade com a Palestina
    Lina Pereira – Sub-CT CTT (Ed.Rua da Palma/ Lisboa)
    Luís Leiria – Diretor da Casa do Brasil (Lisboa)
    Otávio Raposo – Diretor da Casa do Brasil (Lisboa)
    Ana Paula Amaral – Delegada Sindical SPGL (Barreiro)
    André Pestana – Movimento 3r’s Professores
    António Grosso – Coordenador Secretariado Sindical B.Santander Totta
    Aurora Lima – Delegada Sindical SPGL (CED Pina Manique)
    Bruno Pires – Sub-CT Centro Totta (Banco Santander Totta)
    Carla Santos – Delegada Sindical BST Setúbal (SBSI)
    Carlos Pereirinha – Delegado Sindical BST (SBSI) P.Figueira Lisboa
    Délio Figueiredo – Comissão de Contratados do SPGL
    Eduardo Henriques – Ativista Sindical SPGL (Almada)
    Elisabete Santos – Comissão de Trabalhadores do Banco Santander Totta
    Fernando Martinho – Sub-CT Centro Totta (Banco Santander Totta)
    Flávia Polido – Delegada Sindical SMZC (Coimbra)
    Horácio Figueiredo – Comissão de Trabalhadores do Banco Santander Totta
    Hugo Bastos – Delegado Sindical SMZC (Coimbra)
    João Antunes – DS Coimbra SINTTAV
    Rui Catulo – Secretariado Sindical B.Santander Totta
    Sofia Ganhão – Direção do SITESE (Sindicato Escritórios)
    Susana Palma – Sub-CT Centro Totta (Banco Santander Totta)
    Tiago Castelhano – Plataforma 15 Outubro
    Vasco Santos – DR Braga Sindicato Função Pública


    RÚSSIA

    Na Rússia, a gente descobriu sobre operações bárbaras, conduzidas pela polícia militar contra os moradores do bairro Pinheirinhos no município São José dos Campos, estado de São Paulo. Aturde não só a brutalidade, mas também o fato de as operações serem levadas a cabo sem qualquer cobertura legal, violando a decisão do Tribunal Federal. Nós, o Grupo de Iniciativa de Estudantes e Funcionários da Universidade Estadual de Moscou Lomonossov, Rússia (IG MSU) expressamos a nossa total solidariedade a moradores do Pinheirinho e desejamos a eles a vitória na luta por seus direitos. A gente expressa o nosso forte protesto às autoridades do Estado e exige fim imediato destas repressões bárbaras.

    Grupo de Iniciativa de Estudantes e Funcionários da Universidade Estadual de Moscou Lomonossov (IG MSU)


    UCRÂNIA

    Matéria no site do Sindicato dos Trabalhadores Comunistas da Ucrânia

    A ação sangrenta da polícia no Pinheirinho, perto de São Paulo, é abominável. Atualmente, mesmo os mais repulsivos ditadores não sustentam tais ações. Nós sabemos que a repressão continua. Nós a consideramos a mais selvagem expressão de barbárie. Seu regime sanguinário não merece ter lugar no mundo civilizado.

    Exigimos o fim imediato da repressão, a libertação de todos os ativistas presos e o fim do bloqueio das sedes dos sindicatos e partidos. Também exigimos o retorno dos moradores a suas casas, a compensação dos danos sofridos e a punição de todos os delinquentes [do Estado, NDT]

    Exigimos a satisfação destas demandas, pois não ficaremos apenas nesta carta. Vamos organizar protestos na embaixada do Brasil em nosso país bem como chamar um boicote aos produtos brasileiros.

    Além desta nota, a campanha tem se ampliado, com apoio de trabalhadores da fábrica Kherson, da organização Alterra, e da organização política ISFI.