A Conlutas defende o restabelecimento do monopólio estatal do petróleo e uma Petrobras 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores e dos movimentos sociais.

Estes devem desenvolver uma administração estratégica das reservas, direcionando-as para a satisfação das necessidades da população nas áreas mais carentes como saúde, educação e desenvolvimento agrário. Que sirvam também para diminuir as emissões de gases poluentes e desenvolvam a pesquisa de energias limpas alternativas.

Unificar as lutas contra o projeto de Lula
Infelizmente, na IV Plenária de Guararema (espaço de organização da luta em defesa da Petrobras estatal e contra a entrega do petróleo), realizada no final de setembro, alguns companheiros e organizações sociais, tendo à frente a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a CUT, apresentaram a proposta de rebaixar nossas bandeiras políticas.

Aceitam o regime de partilha, pois o veem como um avanço e, consequentes com isso, aceitam a criação de uma nova estatal e querem centrar nossa campanha na luta por um coeficiente mínimo. A divisão de nosso movimento neste difícil momento da luta poderá nos levar à derrota.

Os eixos programáticos formados na III Plenária de Guararema é que dão sustentação à nossa unidade.

A direção da FUP, em uma manobra para enganar, lançou uma proposta de Projeto de Lei que defendia, entre outras coisas, a indenização das grandes multinacionais e a manutenção da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Acreditamos que um projeto dos trabalhadores não deve propor a indenização das grandes multinacionais petroleiras como Chevron, Exxon-Mobil e Shell, nem a manutenção da ANP.

Os petroleiros ligados à Conlutas foram contra essa proposta na reunião da FNP e em várias assembleias de base de sindicatos da FNP e da FUP. No entanto, a maioria das entidades da FNP e dos movimentos sociais decidiu aderir ao projeto da FUP, transformado então em “Projeto dos Movimentos Sociais”.

A Conlutas, por isso, apesar de discordar de uma série de pontos, se somou às entidades que assinam o projeto para solidificar a unidade do movimento, garantindo que seja intensificada a campanha em torno de seus principais eixos políticos: monopólio estatal do petróleo, Petrobras 100% estatal, anulação de todos os leilões, e não à criação da nova empresa estatal.

Reafirmamos, porém, que essa luta somente poderá ser coerente se for contra o novo marco regulatório do
governo Lula.

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