Os trabalhadores gregos voltam à greve geral no dia 11 de março, convocados pelas grandes centrais sindicais. É a terceira greve desde que explodiu a nova crise na economia e a segunda em apenas 15 dias, contra o plano de ajuste do governo. A anterior foi no dia 24 de fevereiro, quando os sindicatos protestaram contra o duro plano de austeridade do governo social-democrata de Yorgos Papandreu, que acabou aprovado no dia 4 de março pelo Parlamento. O executivo social-democrata tem maioria do Parlamento – 160 das 300 cadeiras.

Estas medidas “são de salvação nacional”, disse o ministro das Finanças grego. “Aplicaremos este plano com o apoio de toda a sociedade grega”, bradou. Só esqueceu-se de dizer que esta sociedade é da patronal, banqueiros e empresários que terão seus negócios salvos pelo pacote.

Entre as medidas do pacote estão cortes salariais para os servidores públicos, congelamento das aposentadorias e aumento do IVA (Imposto ao Valor Agregado) em 21%. Os servidores públicos vão perder entre 20% e 30% de seus rendimentos.

Trabalhadores não vão pagar a conta
Como nas duas convocações anteriores, a greve paralisou os serviços básicos do país, sobretudo na capital Atenas. A mobilização atingiu os setores do transporte e a administração e deixou o país sem meios de comunicação durante 24 horas. Os controladores de vôos também participarão da greve, de modo que as companhias aéreas anularam seus vôos.

Houve confrontos com a polícia quando cerca de 20 mil manifestantes marcharam até o Parlamento. A repressão entrou em ação e 20 manifestantes foram detidos pela polícia e 13 pessoas foram feridos.

Enquanto a greve assolava o país, o primeiro ministro Papandreu se preparava para encontrar a chanceler alemã, Ângela Merkel. Contudo, o ministro alemão de economia já afirmava em Berlim que o país não daria “um centavo” a Grécia.

*com o Portal da LIT-QI